O que pode acontecer de pior a um político é ter razão antes do tempo. Porque isto significa tão só que ele está sozinho. Ora um homem com razão e sozinho é um louco, passa por isso. Na realidade, por mais apoios que lhe apareçam, são sempre daqueles que se não querem comprometer e o abandonam à primeira oportunidade.
Quando alguém diz ou se predispõe a dizer a um político que ele tem razão mas não o pode apoiar publicamente está a tratá-lo por doido porque ele próprio se deixa ficar no seu pedestal protegido e não corre risco algum e o político corre todos os riscos inerentes à sua actividade, sujeita-se ao sarcasmo alheio e se não tiver apoio partidário cai no ridículo total.
Se um político se satisfaz em ter simplesmente razão e este facto não tiver consequências práticas na obtenção de resultados visíveis tem que se questionar sobre quais as questões que interessam às pessoas e aos grupos sociais que mais contribuem para a formação da opinião pública e da consequente vontade colectiva. Mesmo sem se submeter a ela, não se lhe pode ser alheio.
Um político não é necessariamente um filósofo, é mais importante ter alguma razão no momento do que toda num hipotético futuro. Só ao filósofo é permitido não se preocupar com isso, embora haja quem ache inútil toda a filosofia que não procure abordar em primeiro lugar as questões de hoje e que não tenha capacidade de as influenciar. Mas isso é problema de filósofo não de político.
Mas há uma outra diferença que se pode estabelecer entre as pessoas que tem estas duas perspectivas. A do político deve ter em vista vencer agora e, perante a impossibilidade de o fazer, dar o seu apoio a quem estiver mais próximo das suas ideias. Porque se não vencer e persistir arreigado às mesmas ideias pode tão só permitir que a realidade se afaste cada vez mais das suas preferências.
O filósofo não necessita de dar o seu apoio a ninguém porque o seu domínio de intervenção pode não ser o presente. Por seu lado o político não se pode alhear, enveredar pela política do tanto pior melhor, porque pode ter a catástrofe aí à porta. O político mesmo sem estar na primeira linha tem de contribuir para engrandecer o seu campo político, é indissociavelmente responsável pelo presente.
Mas esta opção também tem os seus limites. Colaborar com os inimigos ou pelo menos com aqueles que são claramente interesseiros também pode ser visto como um suicídio político. Por isso é interessante aquela do “vou andar por aí”. Acho que está no seu pleníssimo direito. Só não procede correctamente quem diz que se vai embora, que se cala uns tempos e passados dias está a palrar.
Em Portugal nasce-se político para toda a vida. Pouquíssimos arredam pé. Coragem para se afastar há muito pouca. Toda a gente tem ideias de sobra não se pensa que quem andou não tem caminho para andar. Quem alguma vez teve poder, sente-lhe sempre o cheiro nas narinas e quer voltar a usufruir dele em plenitude, quer decidir, nem que as decisões já tenham que ser outras.
A política, mais que um serviço, uma forma de se trabalhar para a comunidade, mas se esta quiser obviamente, é um jogo de empurra em que se é humilhado se se perde e vangloriado se se ganha. Ninguém gosta de perder e é bom que assim seja, mas jurar vingança no dia em que se perde é mesquinho, cobarde e degradante.
Eu, se fora político, só ficaria chocado se tivesse vitórias na oposição. É aviltante que alguém não seja escolhido para pôr em prática uma política e veja essa política a ser adoptada e a ter êxito pela mão de outrem. A não ser que conseguisse obrigar esse outrem a dizer que roubou a política ao adversário. Infelizmente é o que se passa na Câmara Municipal de Ponte de Lima onde a política de educação é a da oposição.
Quando alguém diz ou se predispõe a dizer a um político que ele tem razão mas não o pode apoiar publicamente está a tratá-lo por doido porque ele próprio se deixa ficar no seu pedestal protegido e não corre risco algum e o político corre todos os riscos inerentes à sua actividade, sujeita-se ao sarcasmo alheio e se não tiver apoio partidário cai no ridículo total.
Se um político se satisfaz em ter simplesmente razão e este facto não tiver consequências práticas na obtenção de resultados visíveis tem que se questionar sobre quais as questões que interessam às pessoas e aos grupos sociais que mais contribuem para a formação da opinião pública e da consequente vontade colectiva. Mesmo sem se submeter a ela, não se lhe pode ser alheio.
Um político não é necessariamente um filósofo, é mais importante ter alguma razão no momento do que toda num hipotético futuro. Só ao filósofo é permitido não se preocupar com isso, embora haja quem ache inútil toda a filosofia que não procure abordar em primeiro lugar as questões de hoje e que não tenha capacidade de as influenciar. Mas isso é problema de filósofo não de político.
Mas há uma outra diferença que se pode estabelecer entre as pessoas que tem estas duas perspectivas. A do político deve ter em vista vencer agora e, perante a impossibilidade de o fazer, dar o seu apoio a quem estiver mais próximo das suas ideias. Porque se não vencer e persistir arreigado às mesmas ideias pode tão só permitir que a realidade se afaste cada vez mais das suas preferências.
O filósofo não necessita de dar o seu apoio a ninguém porque o seu domínio de intervenção pode não ser o presente. Por seu lado o político não se pode alhear, enveredar pela política do tanto pior melhor, porque pode ter a catástrofe aí à porta. O político mesmo sem estar na primeira linha tem de contribuir para engrandecer o seu campo político, é indissociavelmente responsável pelo presente.
Mas esta opção também tem os seus limites. Colaborar com os inimigos ou pelo menos com aqueles que são claramente interesseiros também pode ser visto como um suicídio político. Por isso é interessante aquela do “vou andar por aí”. Acho que está no seu pleníssimo direito. Só não procede correctamente quem diz que se vai embora, que se cala uns tempos e passados dias está a palrar.
Em Portugal nasce-se político para toda a vida. Pouquíssimos arredam pé. Coragem para se afastar há muito pouca. Toda a gente tem ideias de sobra não se pensa que quem andou não tem caminho para andar. Quem alguma vez teve poder, sente-lhe sempre o cheiro nas narinas e quer voltar a usufruir dele em plenitude, quer decidir, nem que as decisões já tenham que ser outras.
A política, mais que um serviço, uma forma de se trabalhar para a comunidade, mas se esta quiser obviamente, é um jogo de empurra em que se é humilhado se se perde e vangloriado se se ganha. Ninguém gosta de perder e é bom que assim seja, mas jurar vingança no dia em que se perde é mesquinho, cobarde e degradante.
Eu, se fora político, só ficaria chocado se tivesse vitórias na oposição. É aviltante que alguém não seja escolhido para pôr em prática uma política e veja essa política a ser adoptada e a ter êxito pela mão de outrem. A não ser que conseguisse obrigar esse outrem a dizer que roubou a política ao adversário. Infelizmente é o que se passa na Câmara Municipal de Ponte de Lima onde a política de educação é a da oposição.
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