Nesta questão das finanças públicas o mais pintado se espanta: Eles, os responsáveis pelo nosso governo, que 99,9% são sempre os mesmos (e só 0,1 % vão aprendendo alguma coisa e mudam de ideias), andaram anos após anos a dar a alguns e a prometer a muitos.
(Daqueles responsáveis, grosso modo, 49,95 % são do P.S. e outros tantos do P:S.D.. Mudam 0,05 % do P.S. e outros tantos dos restantes partidos).
Esses mesmos responsáveis (Não vou agora discutir se estão entre os 49,95% ou entre os 0,05 %) tiram agora uns trocados a alguns e sacam o que podem a muitos. Que o Governo não tem dinheiro, que os cofres estão vazios. Instalou-se uma espécie de peditório nacional. É a crise que está aí.
São os hospitais que gastam tudo em papel higiénico, é a G.N.R. nas balas, os professores nas greves, os alunos nas cervejas, todos andam em aulas para verbalizar queixumes, valha-nos isso. Estar pronto a aparecer na televisão compensa bem um mês sem salário.
Fala-se mas a sério acho que a crise não vai chegar aos detentores do poder na poderosa máquina do Estado. Fala-se em migalhas mas o grosso não é tocado. Há muito parasita que, a trabalhar ou na reforma, é um pesado encargo.
De qualquer modo há um pouco de exagero em virar toda a artilharia contra os funcionários públicos. Porque se os das linhas mais baixas são responsáveis pela fraca produtividade, de que são responsáveis os das linhas superiores?
Nunca se pode dizer que a crise chega a todos. Andam para aí uns gajos a quem sobraram uns “cobres” da anterior crise no Vale do Ave, ou outra afim, e que compram boas charretes puxadas, não por um cavalo, mas por tantos quantos cabem na Ponte Eiffel de Viana do Castelo.
Depois de aparecer alguém a decretar o fim da crise vamos estar alerta que só então se saberá se esta crise chegou efectivamente a todos. Se sobrarem umas massas a alguns figurões para comprarem uns aviões, então continuamos na mesma. Teremos sempre razão, mas quando já é tarde demais.
À maioria resta contribuir, condescender no que estamos habituados, pagar aqui e acolá, moderar os gastos nisto e naquilo, apertar o cinto e o colete também, juntar bem a roupa ao pelo, não se vá apanhar uma gripe. Se chegarmos vivos ao fim da crise já é bom.
É que a crise está de pedra e cal, não vai embora tão cedo. Nós cá fomos sentindo-a, qual tempestade que atinge todo o território nacional, mas agora veio sob a forma de furacão para esta região.
Por onde havia de vir? Claro que pela estrada mais utilizada, por onde havia de ser! Porto - Viana do Castelo vai passar a ser uma ex-Scut, que o utilizador vai ter que pagar, que nós teríamos entrado no clube dos ricos.
Nós que aceitamos o princípio do utilizador pagador, que é melhor ser este a pagar do que pagarmos todos, mesmos de forma diferida, achamos que há aqui algo de precipitado e há mesmo um senão.
Ninguém aceitaria que, por ter um vizinho com uma rica casa, teria que pagar pelo seu casebre o mesmo I.M.I. que ele. Quando se diz que o Baixo Minho é uma região rica e tem de pagar portagens nós temos de ser levados na enxurrada?
Se nós, o Alto Minho, estamos na cauda de tudo o que é indicador, se muito se deve a nós, mas muito mais aos governantes que temos tido, não se aceita um agravamento do que já é problemático.
Pagar portagens a Norte da Póvoa do Varzim é de todo intolerável. É que mesmo a parte do Baixo Minho Litoral acima da Póvoa tem os mesmos índices do Alto Minho. Há um princípio de solidariedade com Esposende que devemos assumir.
Sabe-se que aquilo que o Governo pretende é apanhar na sua rede de cobrança de contributos para a crise é o transporte internacional que foge à auto-estrada de Ponte de Lima. Mas nós não temos a culpa.
Quando se fala em arrecadar mais dinheiro, a primeira forma que surge no espírito dos governantes é tributar os veículos de transporte e tudo aquilo que tem a ver com a sua utilização. Em especial os combustíveis e as portagens.
Tornamo-nos de tal forma escravos dos veículos automóveis, dependentes da sua utilização no transporte pessoal e de mercadorias, que não prescindimos deles. O Estado agradece, o seu consumo é dos mais facilmente tributáveis, que aqui quase todos bebem do mesmo.
Um carro, um autocarro, um camião são como porcos que deles para tudo se arranja aproveitamento, isto é, um impostozinho. São o melhor mealheiro para os momentos de crise.
(Daqueles responsáveis, grosso modo, 49,95 % são do P.S. e outros tantos do P:S.D.. Mudam 0,05 % do P.S. e outros tantos dos restantes partidos).
Esses mesmos responsáveis (Não vou agora discutir se estão entre os 49,95% ou entre os 0,05 %) tiram agora uns trocados a alguns e sacam o que podem a muitos. Que o Governo não tem dinheiro, que os cofres estão vazios. Instalou-se uma espécie de peditório nacional. É a crise que está aí.
São os hospitais que gastam tudo em papel higiénico, é a G.N.R. nas balas, os professores nas greves, os alunos nas cervejas, todos andam em aulas para verbalizar queixumes, valha-nos isso. Estar pronto a aparecer na televisão compensa bem um mês sem salário.
Fala-se mas a sério acho que a crise não vai chegar aos detentores do poder na poderosa máquina do Estado. Fala-se em migalhas mas o grosso não é tocado. Há muito parasita que, a trabalhar ou na reforma, é um pesado encargo.
De qualquer modo há um pouco de exagero em virar toda a artilharia contra os funcionários públicos. Porque se os das linhas mais baixas são responsáveis pela fraca produtividade, de que são responsáveis os das linhas superiores?
Nunca se pode dizer que a crise chega a todos. Andam para aí uns gajos a quem sobraram uns “cobres” da anterior crise no Vale do Ave, ou outra afim, e que compram boas charretes puxadas, não por um cavalo, mas por tantos quantos cabem na Ponte Eiffel de Viana do Castelo.
Depois de aparecer alguém a decretar o fim da crise vamos estar alerta que só então se saberá se esta crise chegou efectivamente a todos. Se sobrarem umas massas a alguns figurões para comprarem uns aviões, então continuamos na mesma. Teremos sempre razão, mas quando já é tarde demais.
À maioria resta contribuir, condescender no que estamos habituados, pagar aqui e acolá, moderar os gastos nisto e naquilo, apertar o cinto e o colete também, juntar bem a roupa ao pelo, não se vá apanhar uma gripe. Se chegarmos vivos ao fim da crise já é bom.
É que a crise está de pedra e cal, não vai embora tão cedo. Nós cá fomos sentindo-a, qual tempestade que atinge todo o território nacional, mas agora veio sob a forma de furacão para esta região.
Por onde havia de vir? Claro que pela estrada mais utilizada, por onde havia de ser! Porto - Viana do Castelo vai passar a ser uma ex-Scut, que o utilizador vai ter que pagar, que nós teríamos entrado no clube dos ricos.
Nós que aceitamos o princípio do utilizador pagador, que é melhor ser este a pagar do que pagarmos todos, mesmos de forma diferida, achamos que há aqui algo de precipitado e há mesmo um senão.
Ninguém aceitaria que, por ter um vizinho com uma rica casa, teria que pagar pelo seu casebre o mesmo I.M.I. que ele. Quando se diz que o Baixo Minho é uma região rica e tem de pagar portagens nós temos de ser levados na enxurrada?
Se nós, o Alto Minho, estamos na cauda de tudo o que é indicador, se muito se deve a nós, mas muito mais aos governantes que temos tido, não se aceita um agravamento do que já é problemático.
Pagar portagens a Norte da Póvoa do Varzim é de todo intolerável. É que mesmo a parte do Baixo Minho Litoral acima da Póvoa tem os mesmos índices do Alto Minho. Há um princípio de solidariedade com Esposende que devemos assumir.
Sabe-se que aquilo que o Governo pretende é apanhar na sua rede de cobrança de contributos para a crise é o transporte internacional que foge à auto-estrada de Ponte de Lima. Mas nós não temos a culpa.
Quando se fala em arrecadar mais dinheiro, a primeira forma que surge no espírito dos governantes é tributar os veículos de transporte e tudo aquilo que tem a ver com a sua utilização. Em especial os combustíveis e as portagens.
Tornamo-nos de tal forma escravos dos veículos automóveis, dependentes da sua utilização no transporte pessoal e de mercadorias, que não prescindimos deles. O Estado agradece, o seu consumo é dos mais facilmente tributáveis, que aqui quase todos bebem do mesmo.
Um carro, um autocarro, um camião são como porcos que deles para tudo se arranja aproveitamento, isto é, um impostozinho. São o melhor mealheiro para os momentos de crise.