Na primeira metade do regime democrático sempre o P.S. conseguiu uma representação mínima nos órgãos autárquicos, mesmo tendo em geral menos votos que nas legislativas. E quando o P.S.D. e o C.D.S. formaram a A.D., o P.S., por ser o único partido da oposição, conseguiu mesmo dois mandatos e uma votação significativa.
No mandato de Francisco Abreu Lima, eleito sem maioria pelo C.D.S., sucederam-se os ziguezagues que levaram ao descrédito da linha política do P.S. e conjuntamente do P.S.D., partidos apostados em obter as boas graças da Presidência e que se digladiaram sem princípios e sem valores. Em Ponte de Lima todos dizem mal do poder e todos querem ter lá um pezinho a qualquer preço.
O P.S. prestou-se inicialmente a muleta do C.D.S., mas as desavenças internas levaram Manuel Cristino a abandonar o C.D.S. e à perca da maioria desta coligação contra natura. O P.S.D., o partido em princípio mais contestatário da personalidade presidencial, aproveitaria a situação e coligar-se-ia com os dois elementos que ainda restavam ao C.D.S., teoricamente pelo menos.
O que se passou na prática foi uma destituição do C.D.S. da Câmara Municipal. O P.S.D governaria a Câmara durante cerca de três anos. No entanto o P.S.D. não conseguiria levar avante o seu propósito de ganhar a Câmara nas eleições de 1989. Mas a situação criada com equilíbrio entre P.S.D e C.D.S. em renhida disputa levaria também o P.S. a perder o seu mandato tradicional por efeito do voto útil, e adivinhem em quem, no C.D.S.
Começou aí uma longa travessia do deserto do P.S., entalado entre duas forças políticas que de inicio se equilibravam. No entanto Daniel Campelo haveria de desequilibrar em seu favor, destruindo a base social de apoio do P.S.D. Por sua vez o P.S. haveria de recuperar o seu mandato.
O mandato socialista foi exercido nesta fase de modo quase clandestino, dando a Daniel Campelo, também por força da greve de fome do queijo limiano e do seu voto em dois orçamentos de Guterres, todo o palco mediático. Nas últimas eleições haveria de “aparecer” porém Montenegro Fiúza a querer tirar o P.S. deste marasmo e a reivindicar uma voz mais activa na política local.
Montenegro Fiúza afastar-se-ia deste processo por necessidades pessoais. Tendo substituído a actividade empresarial que vinha exercendo pela actividade de administrador universitário da Universidade Lusófona que exerce principalmente na Guiné-Bissau, deixou a bandeira entregue a Jorge Silva, que entretanto se elegeu como líder concelhio e manteve uma voz activa no panorama político local.
O P.S. apresentou-se como que a única alternativa ao poder instituído, como o único partido capaz de recuperar e alargar a sua base de apoio. Com a fluidez da mistura de voto centrista e social-democrata e a escolha do candidato ou candidatos da direita dependente da conjuntura nacional, resta ao P.S. assumir de novo o encargo de constituir sozinho a oposição.
O P.S. de Jorge Silva é ambicioso e sabe que tem que fidelizar o seu voto tradicional e ir para além dele, para a área social-democrata. Para além do programa eleitoral, a visibilidade da lista contará muito. A idoneidade, a capacidade profissional, a disponibilidade para assumir atitudes cívicas sem interrupções e sem intervenção dos interesses particulares, a abrangência dos nomes, podem ser os trunfos a apresentar.
Conseguir a adesão de valores seguros na área social democrática é tão problemático como na sua própria área porque eles não sobram, pelo menos a olho nu. Infelizmente gente capaz gasta o seu tempo a reproduzir os debates desenrolados a nível nacional sem entrar em qualquer discussão do que lhe está mais próximo e que lhe afecta mais o seu dia a dia.
Há pessoas muito “sabidas” a nível de política nacional mas que a nível local são uns autênticos amadores perante os únicos profissionais da política que temos: os protegidos de Campelo e Abel Batista. A oposição em Ponte de Lima é envergonhada, irresponsável pelo futuro, temerosa de ver atingidos os seus interesses imediatos, de assumir roturas que se possam revelar insanáveis.
No mandato de Francisco Abreu Lima, eleito sem maioria pelo C.D.S., sucederam-se os ziguezagues que levaram ao descrédito da linha política do P.S. e conjuntamente do P.S.D., partidos apostados em obter as boas graças da Presidência e que se digladiaram sem princípios e sem valores. Em Ponte de Lima todos dizem mal do poder e todos querem ter lá um pezinho a qualquer preço.
O P.S. prestou-se inicialmente a muleta do C.D.S., mas as desavenças internas levaram Manuel Cristino a abandonar o C.D.S. e à perca da maioria desta coligação contra natura. O P.S.D., o partido em princípio mais contestatário da personalidade presidencial, aproveitaria a situação e coligar-se-ia com os dois elementos que ainda restavam ao C.D.S., teoricamente pelo menos.
O que se passou na prática foi uma destituição do C.D.S. da Câmara Municipal. O P.S.D governaria a Câmara durante cerca de três anos. No entanto o P.S.D. não conseguiria levar avante o seu propósito de ganhar a Câmara nas eleições de 1989. Mas a situação criada com equilíbrio entre P.S.D e C.D.S. em renhida disputa levaria também o P.S. a perder o seu mandato tradicional por efeito do voto útil, e adivinhem em quem, no C.D.S.
Começou aí uma longa travessia do deserto do P.S., entalado entre duas forças políticas que de inicio se equilibravam. No entanto Daniel Campelo haveria de desequilibrar em seu favor, destruindo a base social de apoio do P.S.D. Por sua vez o P.S. haveria de recuperar o seu mandato.
O mandato socialista foi exercido nesta fase de modo quase clandestino, dando a Daniel Campelo, também por força da greve de fome do queijo limiano e do seu voto em dois orçamentos de Guterres, todo o palco mediático. Nas últimas eleições haveria de “aparecer” porém Montenegro Fiúza a querer tirar o P.S. deste marasmo e a reivindicar uma voz mais activa na política local.
Montenegro Fiúza afastar-se-ia deste processo por necessidades pessoais. Tendo substituído a actividade empresarial que vinha exercendo pela actividade de administrador universitário da Universidade Lusófona que exerce principalmente na Guiné-Bissau, deixou a bandeira entregue a Jorge Silva, que entretanto se elegeu como líder concelhio e manteve uma voz activa no panorama político local.
O P.S. apresentou-se como que a única alternativa ao poder instituído, como o único partido capaz de recuperar e alargar a sua base de apoio. Com a fluidez da mistura de voto centrista e social-democrata e a escolha do candidato ou candidatos da direita dependente da conjuntura nacional, resta ao P.S. assumir de novo o encargo de constituir sozinho a oposição.
O P.S. de Jorge Silva é ambicioso e sabe que tem que fidelizar o seu voto tradicional e ir para além dele, para a área social-democrata. Para além do programa eleitoral, a visibilidade da lista contará muito. A idoneidade, a capacidade profissional, a disponibilidade para assumir atitudes cívicas sem interrupções e sem intervenção dos interesses particulares, a abrangência dos nomes, podem ser os trunfos a apresentar.
Conseguir a adesão de valores seguros na área social democrática é tão problemático como na sua própria área porque eles não sobram, pelo menos a olho nu. Infelizmente gente capaz gasta o seu tempo a reproduzir os debates desenrolados a nível nacional sem entrar em qualquer discussão do que lhe está mais próximo e que lhe afecta mais o seu dia a dia.
Há pessoas muito “sabidas” a nível de política nacional mas que a nível local são uns autênticos amadores perante os únicos profissionais da política que temos: os protegidos de Campelo e Abel Batista. A oposição em Ponte de Lima é envergonhada, irresponsável pelo futuro, temerosa de ver atingidos os seus interesses imediatos, de assumir roturas que se possam revelar insanáveis.
Depois há pessoas que vão passivamente para as listas, pessoas que gostam de aparecer nas fotografias mas que não acreditam nos seus próprios méritos para lá estar. O P.S. está apostado em corrigir estes erros e lutar contra políticos profissionais com gente activa, moderna, confiante, capaz de abrir perspectivas de futuro.