A força política mais votada em Ponte de Lima em eleições legislativas tem sido sempre o P.S.D. Essa supremacia manteve-se, embora esteja ultimamente em declínio. Nas eleições autárquicas nunca se traduziu porém numa votação que lhe permitisse deter directamente a Presidência da Câmara.
No entanto o P.S.D. teve durante a primeira metade deste período democrático uma influência preponderante na política camarária, através principalmente de Josias Barroso e João Barreto. Isto quer tenha sido por via da A.D., quer tenha sido por via da situação minoritária do C.D.S. logo após o 1º. ano do mandato de Francisco Abreu Lima e o afastamento do Manuel Cristino.
Nas eleições de 1989 o P.S.D. tudo fez para, indo buscar os elementos C.D.S. do executivo que já controlava e concorrendo com eles à frente da sua lista, vir a ganhar a Câmara Municipal, o que, por força de uma larga aliança do eleitorado de todos os partidos descontente com essa situação, não aconteceu. O C.D.S. com votos até da extrema-esquerda e principalmente dos eleitores do partido socialista, recuperou a Câmara que tinha perdido na secretaria.
Fruto da sua política atabalhoada e sôfrega, que sempre se manifestou, embora nos anos de 1985/1993 com mais evidência, o P.S.D. de largamente maioritário nas legislativas, chega a minoritário nas autárquicas, onde, como é evidente, aquelas suas características estão mais próximas e mais se fazem sentir.
O conhecimento do passado será a melhor indicação para o que nos espera no futuro. Mas a sua política serpenteante não permite tirar ilações precisas e analisar na totalidade as implicações que a nova legislação por si apoiada vai trazer à política autárquica e às suas opções no contexto limiano.
Tempos antes das autárquicas de 2005 tudo esteve encaminhado para que houvesse a replicação em Ponte de Lima da aliança de governo de então entre P.S.D. e C.D.S. O P.S.D. local estava decidido a aceitar resignado a liderança do C.D.S. Também era uma forma de retirar a Daniel Campelo qualquer veleidade de concorrer contra o seu C.D.S., numa altura em que as suas relações com a direcção não estavam ainda totalmente normalizadas.
A queda do governo P.S.D./C.D.S. que revelou o quão pouco sólida era esta coligação, e o afastamento de Paulo Portas permitiu a Daniel Campelo impor a sua estratégia pessoal, descalçando o P.S.D. Este com Manuel Trigueiro apresentou-se às eleições de 2005 sem alma, sem estratégia, que, se não fora aqueles acontecimentos externos, tudo já estava vendido por dois pratos de lentilhas. Em contrapartida elegeu um só vereador, o pior resultado de sempre.
O P.S.D. só conseguiu estabilidade a nível nacional com chefes fortes como Sá Carneiro e Cavaco Silva mas mesmo nesses tempos as suas tentativas para se unir em Ponte de Lima esbarraram sempre em alguém. Seria despiciendo estar a referir todo o género de divergências entre as figuras mais marcantes e especular sobre a sua natureza. Honra seja que não se vislumbram grandes conflitos de interesses especulativos, mas possivelmente interesses mesquinhos, de carreira.
Todos encontrarão razões para o insucesso na actuação dos outros e, quando as coisas correm mal a nível nacional, o panorama local é pior ainda. Por isso, maugrado a recente eleição de uma comissão política concelhia, parece prematuro adiantar qual será a linha vencedora na hora exacta em que for necessário indicar os elementos que disputarão as próximas eleições.
De certo que o P.S.D. não vai querer repetir nenhuma candidatura do passado. Das duas vezes que o tentou a derrota foi maior na segunda que na primeira vez, com Gaspar Castro e Francisco Abreu Lima. Muito menos repetirá qualquer dos dois últimos candidatos, um que desapareceu, Mota, outro que se mantém persistentemente presente, Manuel Trigueiro, mas que não tem qualquer perfil para líder camarário.
Os velhos da A.D. ainda esperarão por uma aliança a nível nacional e estão prontos a ser aguadeiros do C.D.S. Os mais desesperados propõe mesmo uma lista conjunta com o P.S. que salvaria a sua honra mas se não justificaria de nenhum dos lados. Como não vejo estratégia permitam-me opinar.
O P.S.D. tem que se procurar afirmar de modo independente de qualquer outra força, o que nunca fez de modo duradouro, manter lideranças credíveis e não apresentar soluções erráticas. Como aliás outros partidos, não devia estar à espera de paraquedistas mas deveria preparar pessoas para exercer funções públicas de modo politicamente honesto e minimamente habilitado.
No entanto o P.S.D. teve durante a primeira metade deste período democrático uma influência preponderante na política camarária, através principalmente de Josias Barroso e João Barreto. Isto quer tenha sido por via da A.D., quer tenha sido por via da situação minoritária do C.D.S. logo após o 1º. ano do mandato de Francisco Abreu Lima e o afastamento do Manuel Cristino.
Nas eleições de 1989 o P.S.D. tudo fez para, indo buscar os elementos C.D.S. do executivo que já controlava e concorrendo com eles à frente da sua lista, vir a ganhar a Câmara Municipal, o que, por força de uma larga aliança do eleitorado de todos os partidos descontente com essa situação, não aconteceu. O C.D.S. com votos até da extrema-esquerda e principalmente dos eleitores do partido socialista, recuperou a Câmara que tinha perdido na secretaria.
Fruto da sua política atabalhoada e sôfrega, que sempre se manifestou, embora nos anos de 1985/1993 com mais evidência, o P.S.D. de largamente maioritário nas legislativas, chega a minoritário nas autárquicas, onde, como é evidente, aquelas suas características estão mais próximas e mais se fazem sentir.
O conhecimento do passado será a melhor indicação para o que nos espera no futuro. Mas a sua política serpenteante não permite tirar ilações precisas e analisar na totalidade as implicações que a nova legislação por si apoiada vai trazer à política autárquica e às suas opções no contexto limiano.
Tempos antes das autárquicas de 2005 tudo esteve encaminhado para que houvesse a replicação em Ponte de Lima da aliança de governo de então entre P.S.D. e C.D.S. O P.S.D. local estava decidido a aceitar resignado a liderança do C.D.S. Também era uma forma de retirar a Daniel Campelo qualquer veleidade de concorrer contra o seu C.D.S., numa altura em que as suas relações com a direcção não estavam ainda totalmente normalizadas.
A queda do governo P.S.D./C.D.S. que revelou o quão pouco sólida era esta coligação, e o afastamento de Paulo Portas permitiu a Daniel Campelo impor a sua estratégia pessoal, descalçando o P.S.D. Este com Manuel Trigueiro apresentou-se às eleições de 2005 sem alma, sem estratégia, que, se não fora aqueles acontecimentos externos, tudo já estava vendido por dois pratos de lentilhas. Em contrapartida elegeu um só vereador, o pior resultado de sempre.
O P.S.D. só conseguiu estabilidade a nível nacional com chefes fortes como Sá Carneiro e Cavaco Silva mas mesmo nesses tempos as suas tentativas para se unir em Ponte de Lima esbarraram sempre em alguém. Seria despiciendo estar a referir todo o género de divergências entre as figuras mais marcantes e especular sobre a sua natureza. Honra seja que não se vislumbram grandes conflitos de interesses especulativos, mas possivelmente interesses mesquinhos, de carreira.
Todos encontrarão razões para o insucesso na actuação dos outros e, quando as coisas correm mal a nível nacional, o panorama local é pior ainda. Por isso, maugrado a recente eleição de uma comissão política concelhia, parece prematuro adiantar qual será a linha vencedora na hora exacta em que for necessário indicar os elementos que disputarão as próximas eleições.
De certo que o P.S.D. não vai querer repetir nenhuma candidatura do passado. Das duas vezes que o tentou a derrota foi maior na segunda que na primeira vez, com Gaspar Castro e Francisco Abreu Lima. Muito menos repetirá qualquer dos dois últimos candidatos, um que desapareceu, Mota, outro que se mantém persistentemente presente, Manuel Trigueiro, mas que não tem qualquer perfil para líder camarário.
Os velhos da A.D. ainda esperarão por uma aliança a nível nacional e estão prontos a ser aguadeiros do C.D.S. Os mais desesperados propõe mesmo uma lista conjunta com o P.S. que salvaria a sua honra mas se não justificaria de nenhum dos lados. Como não vejo estratégia permitam-me opinar.
O P.S.D. tem que se procurar afirmar de modo independente de qualquer outra força, o que nunca fez de modo duradouro, manter lideranças credíveis e não apresentar soluções erráticas. Como aliás outros partidos, não devia estar à espera de paraquedistas mas deveria preparar pessoas para exercer funções públicas de modo politicamente honesto e minimamente habilitado.