Insidiosamente a doença e a morte vão provocando o seu desgaste na juventude de hoje. Se esta se mostra mais vulnerável que noutros tempos é porque hoje há comportamentos de risco que estão ao alcance de todos e não por uma especial irreverência ou liberdade que seja seu anseio.
Noutros tempos os jovens fugiam, quase que só esporadicamente, dos “trilhos”, desvairavam-se ou muito justamente tinham atitudes da revolta num mundo em que não eram tidos em consideração. Mas eram mais comedidos ao cometer riscos.
Movimentos vindos da América, muitos com a melhor das intenções, organizaram-se, deram um mínimo de substrato ideológico à sua acção ou à falta dela, proliferaram. Se à nossa escala nunca tiveram grande expressão, não faltam jovens que sentem afinidades com esses movimentos, que assumem comportamentos daí provenientes.
Os jovens têm tendência para se relacionarem em grupos fechados, devido às condições em que se movimentam. Se com o tempo cada um vai integrando outros grupos e a influência desses primeiros, e quase exclusivos ao tempo, se vai diluindo, jovens há que se auto-excluem de uma vivência normal, de pertencerem a grupos diversificados e com experiências diferentes.
Muitos jovens acomodam-se mesmo a uma não menos vegetativa vida que a da maioria que eles abominam, com a agravante de ser amiúde uma vida parasitária, difundida como ideologia de vida por grupos de “refugiados”, que se caracterizam pela informalidade com que são constituídos.
Também a esta juventude se tem de dar a possibilidade de sonhar, de assumir atitudes positivas e de se auto-afirmar, noutros cenários, noutras ambiências, sem necessidade de “induzir” estados de alma que a reconciliem com o universo, tão disforme ele se lhe mostra.
Muitos jovens, incapazes de descobrir as motivações maiores que sempre estarão por de traz dos seus comportamentos, assumem facilmente o costume geral de distribuírem culpas como quem atira flores. Só que também facilmente passam das flores às ameaças à família, às instituições de acolhimento, às comissões de apoio aos jovens, à escola, aos grupos sociais mais variados, à sociedade, à política.
Os jovens, mesmo com relativo pouco tempo de vida, acumulam culpas e elaboram os sentimentos respectivos de grandeza e destinos diversos, não raro aceitam a “voz corrente”, que é a que passa nos seus grupos, e simplesmente se deixam adormecer, como se elas transportem verdades insofismáveis e culpados devidamente identificados.
Não é tarefa fácil para os jovens aceitarem as suas culpas, destrinçá-las no meio de um emaranhado que já tem muita gente e alguma história. Tudo seria mais fácil para os jovens se tivessem como objectivo procurar a sua luz própria, orientando a sua vida para um futuro livre.
Numa sociedade que cultiva a culpa, mas que normalmente a deixa morrer solteira, seria bom que cada um a não assuma por princípio, porque isso é bloqueador. Mas também seria bom não a repelir em absoluto, nem a despejar à sorte ou em escada quando se tem a ideia feita, mas ilusória, de que o mal reside sempre no topo.
Ajudar a juventude a ser intelectualmente honesta é um primeiro passo para a sua “libertação”. Os intelectuais “super-estruturantes”, que vêm tudo como resultado de intervenções de cima para baixo, incapazes de descer e compreender as coisas simples da vida, prestam um mau serviço. O amanhã só contará se cada um abrir e trilhar o seu caminho.
Entretanto as vítimas vão surgindo. Os próprios colegas lamentam, são os primeiros a sentir a falta de alguém nas suas comunidades tão estranhamente solidárias. Estranhamente não pensam mais em si, isso não os leva a arrepiar caminho, a pensar em que a próxima vítima pode estar em cada um dos que ficam e mesmo em si próprio.
Noutros tempos os jovens fugiam, quase que só esporadicamente, dos “trilhos”, desvairavam-se ou muito justamente tinham atitudes da revolta num mundo em que não eram tidos em consideração. Mas eram mais comedidos ao cometer riscos.
Movimentos vindos da América, muitos com a melhor das intenções, organizaram-se, deram um mínimo de substrato ideológico à sua acção ou à falta dela, proliferaram. Se à nossa escala nunca tiveram grande expressão, não faltam jovens que sentem afinidades com esses movimentos, que assumem comportamentos daí provenientes.
Os jovens têm tendência para se relacionarem em grupos fechados, devido às condições em que se movimentam. Se com o tempo cada um vai integrando outros grupos e a influência desses primeiros, e quase exclusivos ao tempo, se vai diluindo, jovens há que se auto-excluem de uma vivência normal, de pertencerem a grupos diversificados e com experiências diferentes.
Muitos jovens acomodam-se mesmo a uma não menos vegetativa vida que a da maioria que eles abominam, com a agravante de ser amiúde uma vida parasitária, difundida como ideologia de vida por grupos de “refugiados”, que se caracterizam pela informalidade com que são constituídos.
Também a esta juventude se tem de dar a possibilidade de sonhar, de assumir atitudes positivas e de se auto-afirmar, noutros cenários, noutras ambiências, sem necessidade de “induzir” estados de alma que a reconciliem com o universo, tão disforme ele se lhe mostra.
Muitos jovens, incapazes de descobrir as motivações maiores que sempre estarão por de traz dos seus comportamentos, assumem facilmente o costume geral de distribuírem culpas como quem atira flores. Só que também facilmente passam das flores às ameaças à família, às instituições de acolhimento, às comissões de apoio aos jovens, à escola, aos grupos sociais mais variados, à sociedade, à política.
Os jovens, mesmo com relativo pouco tempo de vida, acumulam culpas e elaboram os sentimentos respectivos de grandeza e destinos diversos, não raro aceitam a “voz corrente”, que é a que passa nos seus grupos, e simplesmente se deixam adormecer, como se elas transportem verdades insofismáveis e culpados devidamente identificados.
Não é tarefa fácil para os jovens aceitarem as suas culpas, destrinçá-las no meio de um emaranhado que já tem muita gente e alguma história. Tudo seria mais fácil para os jovens se tivessem como objectivo procurar a sua luz própria, orientando a sua vida para um futuro livre.
Numa sociedade que cultiva a culpa, mas que normalmente a deixa morrer solteira, seria bom que cada um a não assuma por princípio, porque isso é bloqueador. Mas também seria bom não a repelir em absoluto, nem a despejar à sorte ou em escada quando se tem a ideia feita, mas ilusória, de que o mal reside sempre no topo.
Ajudar a juventude a ser intelectualmente honesta é um primeiro passo para a sua “libertação”. Os intelectuais “super-estruturantes”, que vêm tudo como resultado de intervenções de cima para baixo, incapazes de descer e compreender as coisas simples da vida, prestam um mau serviço. O amanhã só contará se cada um abrir e trilhar o seu caminho.
Entretanto as vítimas vão surgindo. Os próprios colegas lamentam, são os primeiros a sentir a falta de alguém nas suas comunidades tão estranhamente solidárias. Estranhamente não pensam mais em si, isso não os leva a arrepiar caminho, a pensar em que a próxima vítima pode estar em cada um dos que ficam e mesmo em si próprio.
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