Em Ponte de Lima o P.S.D. sempre foi o Partido mais votado em eleições legislativas, mas nunca o foi para o mais importante órgão autárquico, a Câmara Municipal. Porém dos quatro primeiros mandatos democráticos o P.S.D. não se poderá queixar porque foi um fiel aliado do poder, concorrendo em separado ou integrando as listas do A.D.. Claro que se sujeitou a aceitar papéis de segunda, mas já não foi mau.
Quando pela primeira vez tentou fazer valer nas autárquicas os votos auferidos nas várias legislativas, socorreu-se das pessoas que integravam o anterior mandato do C.D.S., mas essa estratégia não veio a ter sucesso.
Nessa eleição ainda houve um certo equilíbrio, que se foi perdendo à medida que os centristas foram minando as bases de apoio social-democrata nas freguesias, conseguindo a progressiva e despudorada transferência de quase todos os presidentes de junta.
Daniel Campelo entrou em cena nesta ocasião, primeiro como vice-presidente depois como presidente, sendo estas duas eleições vencidas tangencialmente. Para isso contribuiu sobremaneira a generalizada aversão ao cavaquismo que tomou o P.S.D., como forma de estar na política, e que haveria de indispor o próprio Cavaco Silva e levá-lo a abandonar.
Sendo os candidatos do P.S.D., bem como os seus mais notórios apoiantes, pertencentes àquele grupo manipulador, a chamada esquerda fez desta tentativa de monopólio social-democrata o objectivo a derrotar e elegeu Daniel Campelo em detrimento de uma participação própria.
Nem sempre as opções populares se vieram a revelar as mais correctas. Uma grave perca para Ponte de Lima, que viria a ser a do Queijo Limiano, haveria que servir de trampolim para que Daniel Campelo ascendesse ao estrelato mediático. Como facto nada acrescenta em termos de valor, porém é um grande trunfo eleitoral que com mão de mestre tem sabido aproveitar.
Ainda por cima o P.S.D. apostou em repetentes para opor às duas primeiras candidaturas de Daniel Campelo. Este foi alargando o seu espaço, mercê do Queijo e dos dois votos a favor da passagem dos orçamentos do segundo mandato de Guterres. A oposição restou atordoada.
A inoperância, a demissão, a volatilidade, a incompetência de uma oposição deslumbrada, inconsequente e mais preocupada com os interesses egoístas dos seus membros, levou ao seu quase total apagamento. Também o P.S., recuperando embora um vereador, haveria de ser representado no anterior mandato por quem pouco mais fez que ser um mestre-de-cerimónias.
O P.S.D. limitou-se a sonhar em fazer renascer a A.D. e por essa via pôr um pé no executivo. O fim de Santana Lopes foi o fim desta expectativa nunca cumprida. Tudo está hoje em suspenso e dependente da evolução partidária a nível da direita nacional. E neste domínio tudo é imprevisível.
Os habituais aprendizes de feiticeiro vão fazendo as suas previsões e, na penumbra, é natural que os pretensos candidatos se vão perfilando na tentativa de, a caírem as coisas para o seu lado, eles já lá estarem, prontos a avançar.
Mas em vez de previsões nada plausíveis, seria bom apelar a uma participação imperiosa no aspecto cívico, independente de ambições e das ideias que se defendam. As candidaturas serão para depois mas não se sujarão os pergaminhos de ninguém se se vier a constatar que as suas ideias não chegam para passar a esse patamar.
Não vão aqui surgir milagreiros caídos do céu. Entristece-nos ver a politica limiana andar à volta de pessoas de que se não conhece uma ideia, que não conhecem quaisquer princípios de gestão, seja financeira, urbanística ou patrimonial. Que não têm sensibilidade para os problemas humanos.
Estamos numa sociedade muito vulnerável ao aparecimento de indivíduos aureolados das mais diversas maneiras. Porém muitos deles, por mais justificação que exista para este facto, não estão minimamente habilitados para a gestão municipal. Essencial é ter uma visão estratégica, fundamentada e exequível. E não ter interesses encobertos.
No domínio da preparação todos terão que partir praticamente do zero, que não há uma escola, uma prática aceitável, sequer uma experiência capaz. Ninguém é hoje senhor de dominar todos os aspectos da gestão autárquica. As Câmaras cada vez menos tratam só de cimento e alcatrão, embora estes ainda sejam importantes, e mais de aspectos sociais, educacionais e de emprego.
Seria bom que não surgissem só pessoas com exacerbadas ambições pessoais, mas sim gente disposta a dar a sua colaboração cívica sem curar de se colocar antecipadamente como dona de algum dos blocos de partida antes disposta a trabalhar em equipa, sem ideias pré definidas.Sabe-se que os primeiros a aparecer são aqueles que querem aceder ao poder municipal para os seus jogos de influência e que só avançam se virem que estão ao lado do cavalo ganhador, ou pelo menos, daquele que, sendo mais fraco, é o único que se apresta a dar-lhes guarida, porque actuam por ressaibo ou têm uma velha ambição que vem de pequeninos.
Quando pela primeira vez tentou fazer valer nas autárquicas os votos auferidos nas várias legislativas, socorreu-se das pessoas que integravam o anterior mandato do C.D.S., mas essa estratégia não veio a ter sucesso.
Nessa eleição ainda houve um certo equilíbrio, que se foi perdendo à medida que os centristas foram minando as bases de apoio social-democrata nas freguesias, conseguindo a progressiva e despudorada transferência de quase todos os presidentes de junta.
Daniel Campelo entrou em cena nesta ocasião, primeiro como vice-presidente depois como presidente, sendo estas duas eleições vencidas tangencialmente. Para isso contribuiu sobremaneira a generalizada aversão ao cavaquismo que tomou o P.S.D., como forma de estar na política, e que haveria de indispor o próprio Cavaco Silva e levá-lo a abandonar.
Sendo os candidatos do P.S.D., bem como os seus mais notórios apoiantes, pertencentes àquele grupo manipulador, a chamada esquerda fez desta tentativa de monopólio social-democrata o objectivo a derrotar e elegeu Daniel Campelo em detrimento de uma participação própria.
Nem sempre as opções populares se vieram a revelar as mais correctas. Uma grave perca para Ponte de Lima, que viria a ser a do Queijo Limiano, haveria que servir de trampolim para que Daniel Campelo ascendesse ao estrelato mediático. Como facto nada acrescenta em termos de valor, porém é um grande trunfo eleitoral que com mão de mestre tem sabido aproveitar.
Ainda por cima o P.S.D. apostou em repetentes para opor às duas primeiras candidaturas de Daniel Campelo. Este foi alargando o seu espaço, mercê do Queijo e dos dois votos a favor da passagem dos orçamentos do segundo mandato de Guterres. A oposição restou atordoada.
A inoperância, a demissão, a volatilidade, a incompetência de uma oposição deslumbrada, inconsequente e mais preocupada com os interesses egoístas dos seus membros, levou ao seu quase total apagamento. Também o P.S., recuperando embora um vereador, haveria de ser representado no anterior mandato por quem pouco mais fez que ser um mestre-de-cerimónias.
O P.S.D. limitou-se a sonhar em fazer renascer a A.D. e por essa via pôr um pé no executivo. O fim de Santana Lopes foi o fim desta expectativa nunca cumprida. Tudo está hoje em suspenso e dependente da evolução partidária a nível da direita nacional. E neste domínio tudo é imprevisível.
Os habituais aprendizes de feiticeiro vão fazendo as suas previsões e, na penumbra, é natural que os pretensos candidatos se vão perfilando na tentativa de, a caírem as coisas para o seu lado, eles já lá estarem, prontos a avançar.
Mas em vez de previsões nada plausíveis, seria bom apelar a uma participação imperiosa no aspecto cívico, independente de ambições e das ideias que se defendam. As candidaturas serão para depois mas não se sujarão os pergaminhos de ninguém se se vier a constatar que as suas ideias não chegam para passar a esse patamar.
Não vão aqui surgir milagreiros caídos do céu. Entristece-nos ver a politica limiana andar à volta de pessoas de que se não conhece uma ideia, que não conhecem quaisquer princípios de gestão, seja financeira, urbanística ou patrimonial. Que não têm sensibilidade para os problemas humanos.
Estamos numa sociedade muito vulnerável ao aparecimento de indivíduos aureolados das mais diversas maneiras. Porém muitos deles, por mais justificação que exista para este facto, não estão minimamente habilitados para a gestão municipal. Essencial é ter uma visão estratégica, fundamentada e exequível. E não ter interesses encobertos.
No domínio da preparação todos terão que partir praticamente do zero, que não há uma escola, uma prática aceitável, sequer uma experiência capaz. Ninguém é hoje senhor de dominar todos os aspectos da gestão autárquica. As Câmaras cada vez menos tratam só de cimento e alcatrão, embora estes ainda sejam importantes, e mais de aspectos sociais, educacionais e de emprego.
Seria bom que não surgissem só pessoas com exacerbadas ambições pessoais, mas sim gente disposta a dar a sua colaboração cívica sem curar de se colocar antecipadamente como dona de algum dos blocos de partida antes disposta a trabalhar em equipa, sem ideias pré definidas.Sabe-se que os primeiros a aparecer são aqueles que querem aceder ao poder municipal para os seus jogos de influência e que só avançam se virem que estão ao lado do cavalo ganhador, ou pelo menos, daquele que, sendo mais fraco, é o único que se apresta a dar-lhes guarida, porque actuam por ressaibo ou têm uma velha ambição que vem de pequeninos.