Desculpem-me os entendidos, entre os quais destaco o Sr. Director deste Jornal, uma incursão rápida pelo mundo da bola. Sempre fui um pé de chumbo, daqueles que só jogam alguma coisa se lhe derem espaço bem suficiente para tal. Mas nós até estamos cheios de treinadores da bola que nunca se distinguiram como jogadores da dita!
Se não é por aí, haverá muitas outras razões que poderão levar a pensar que não me deveria meter nisto: É que nunca fui pessoa de grandes esforços físicos. Sempre tive limitações que não vou aqui enumerar.
Não tenho particular conhecimento daquilo que constitui o equilíbrio psico-somático, morfológico e emocional em que, por força das circunstâncias, se movem os atletas de alta competição.
Mas há outras vertentes da questão que podem ser analisadas por um leigo nestas matérias. Destacarei aqui o estrelato e o trabalho de grupo.
Para as selecções nacionais são escolhidos os jogadores pelo estrelato que alcançam noutras instâncias, pela sua capacidade individual e, como é evidente, poucas vezes pela sua complementaridade ou facilidade de conexão com outras estrelas deste firmamento.
O trabalho de selecção e treinamento de jogadores habituados nos clubes a porem as suas virtuosidades ao serviço de um entrosamento específico e que tem que ignorar essas particularidades para conseguirem um outro entrosamento que tem de ter ainda em conta a diferente natureza dos adversários, é um trabalho duro e difícil.
Para já não falar das pressões de toda a ordem, de todos os lados, com os argumentos mais disparatados e com intenções inconfessáveis que pretendem influenciar quem tem por obrigação decidir.
Falemos tão só da tentação de, por falta de se ter produzido o efeito agregador que é necessário num trabalho de equipa desta natureza, os jogadores assumirem nas selecções um carácter de estrelas que já trazem dos clubes, mas que aqui desponta mais facilmente.
Quando assim é, estamos falados, o resultado é desastroso. E vá de arranjar causas desculpabilizantes, das quais as exteriores são as preferidas: o árbitro, forças estranhas, máfias próprias e alheias, a comida, o tempo, o relvado, as botas, eu sei lá, tudo serve.
Como no País estamos habituados, mesmo sem sermos estrelas, a utilizar desculpas deste jaez a propósito de tudo e de nada, com mais razão aceitamos as desculpas destes infelizes derrotados da selecção Sub 21.
Mas o mal é que as desculpas deste género quando são apresentados com a “candura” destes rapazes, mesmo que nós, com os nossos olhinhos, vejamos que eles estão a mentir, com quantos dentes têm na boca, aceitamos. As aldrabices, as espertezas saloias destes jovens tem infelizmente um grande efeito reprodutor na consciência nacional.
Nós nunca temos culpa. Quem tem culpa é aquele árbitro a quem qualquer nome que lhe chamemos é ofensa diminuta, que não marcou penalti quando o João Moutinho, a dez minutos do final, simulou descaradamente uma falta. Com que vontade estaria ele de ir para a piscina refrescar!
Esta não é uma afirmação peremptória. È uma tese que precisará de demonstração. Mas creio que é evidente a nossa capacidade de nos auto-desculparmos pelas nossas fracas prestações a quase todos os níveis. E isto leva a que nunca aprendamos com os erros.
Os casos bons são excepcionais e não deveriam chegar para branquear ou até dourar o nosso orgulho nacional. Sem pensar em fazer transposições abusivas, também os deveríamos estudar. Para que a estes os possamos reproduzir em detrimento daqueles, nefastos e que deveriam envergonhar quem lhes dá origem.
Jogadores da selecção “A” utilizem a vossa experiência e não caminheis neste mesmo sentido. Colocai a condição de estrelas em “Banho Maria” até o campeonato acabar. Não penseis em desculpas antes, durante ou mesmo depois do campeonato terminar, se por acaso e lástima não vencereis esta luta difícil.
Agregai as vossas forças, uni as vossas vontades, aceitai a mediação de que legitimamente vos dirige para conseguir os vossos objectivos que os resultados aparecem e Portugal agradece. Ademais, Boa Sorte, que também faz falta!
Se não é por aí, haverá muitas outras razões que poderão levar a pensar que não me deveria meter nisto: É que nunca fui pessoa de grandes esforços físicos. Sempre tive limitações que não vou aqui enumerar.
Não tenho particular conhecimento daquilo que constitui o equilíbrio psico-somático, morfológico e emocional em que, por força das circunstâncias, se movem os atletas de alta competição.
Mas há outras vertentes da questão que podem ser analisadas por um leigo nestas matérias. Destacarei aqui o estrelato e o trabalho de grupo.
Para as selecções nacionais são escolhidos os jogadores pelo estrelato que alcançam noutras instâncias, pela sua capacidade individual e, como é evidente, poucas vezes pela sua complementaridade ou facilidade de conexão com outras estrelas deste firmamento.
O trabalho de selecção e treinamento de jogadores habituados nos clubes a porem as suas virtuosidades ao serviço de um entrosamento específico e que tem que ignorar essas particularidades para conseguirem um outro entrosamento que tem de ter ainda em conta a diferente natureza dos adversários, é um trabalho duro e difícil.
Para já não falar das pressões de toda a ordem, de todos os lados, com os argumentos mais disparatados e com intenções inconfessáveis que pretendem influenciar quem tem por obrigação decidir.
Falemos tão só da tentação de, por falta de se ter produzido o efeito agregador que é necessário num trabalho de equipa desta natureza, os jogadores assumirem nas selecções um carácter de estrelas que já trazem dos clubes, mas que aqui desponta mais facilmente.
Quando assim é, estamos falados, o resultado é desastroso. E vá de arranjar causas desculpabilizantes, das quais as exteriores são as preferidas: o árbitro, forças estranhas, máfias próprias e alheias, a comida, o tempo, o relvado, as botas, eu sei lá, tudo serve.
Como no País estamos habituados, mesmo sem sermos estrelas, a utilizar desculpas deste jaez a propósito de tudo e de nada, com mais razão aceitamos as desculpas destes infelizes derrotados da selecção Sub 21.
Mas o mal é que as desculpas deste género quando são apresentados com a “candura” destes rapazes, mesmo que nós, com os nossos olhinhos, vejamos que eles estão a mentir, com quantos dentes têm na boca, aceitamos. As aldrabices, as espertezas saloias destes jovens tem infelizmente um grande efeito reprodutor na consciência nacional.
Nós nunca temos culpa. Quem tem culpa é aquele árbitro a quem qualquer nome que lhe chamemos é ofensa diminuta, que não marcou penalti quando o João Moutinho, a dez minutos do final, simulou descaradamente uma falta. Com que vontade estaria ele de ir para a piscina refrescar!
Esta não é uma afirmação peremptória. È uma tese que precisará de demonstração. Mas creio que é evidente a nossa capacidade de nos auto-desculparmos pelas nossas fracas prestações a quase todos os níveis. E isto leva a que nunca aprendamos com os erros.
Os casos bons são excepcionais e não deveriam chegar para branquear ou até dourar o nosso orgulho nacional. Sem pensar em fazer transposições abusivas, também os deveríamos estudar. Para que a estes os possamos reproduzir em detrimento daqueles, nefastos e que deveriam envergonhar quem lhes dá origem.
Jogadores da selecção “A” utilizem a vossa experiência e não caminheis neste mesmo sentido. Colocai a condição de estrelas em “Banho Maria” até o campeonato acabar. Não penseis em desculpas antes, durante ou mesmo depois do campeonato terminar, se por acaso e lástima não vencereis esta luta difícil.
Agregai as vossas forças, uni as vossas vontades, aceitai a mediação de que legitimamente vos dirige para conseguir os vossos objectivos que os resultados aparecem e Portugal agradece. Ademais, Boa Sorte, que também faz falta!