As geminações entre terras de diferentes países são patrocinadas pela Comunidade Europeia como forma de proporcionar o intercâmbio de actividades de natureza cultural entre povos com passados distintos e um futuro que se quer de paz, de solidariedade e harmonia, convergente nos objectivos.
Em Ponte de Lima são já vários os casos de geminação com terras de diversos países a que nos ligam laços bem anteriores à integração europeia. Mesmo assim nem todos têm tido sucesso e pelo menos um já estará esquecido.
Talvez que a ideia dos patrocinadores não tenha correspondido uma implementação correcta e eficaz, essa geminação não tenha sido assumida e vivida pelos vários extractos sociais, não tenha sido garantida uma continuidade para além do acto institucional.
É claro que para este parcial fracasso terão contribuído uma série de equívocos. Em primeiro lugar porque, sendo a geminação feita entre terras, estas são representadas por pessoas que são transitórias nos cargos políticos e associativos que dão corpo a este tipo de associação.
Se há mudanças nas direcções e não se dá continuidade a um esforço, só porque ele foi iniciado por outros que se querem menosprezar, quando as prioridades passam a ser outras, corre-se o risco de dar origem a uma rotura num processo que, quando está no começo, é ainda muito frágil.
Depois porque os promotores são no geral emigrantes que encontram na geminação uma forma de manter os laços com a sua terra de origem ou pelo menos com o seu País. E da parte dos que por cá estamos encontra-se na geminação uma forma de compartilhar uma aventura passada que não vivemos, de seguirmos de forma mais aprazível um caminho que para eles foi de sacrifícios, quando não de pesadelos.
Esta lógica é legítima, deve ser incentivada e apoiada, mas é necessário que não só estas personagens participem no processo. Todos os elementos das duas comunidades locais, seja qual for a sua origem, devem ser chamados a integrar o espírito que preside a esta associação e incentivados a partilhar esta vivência.
O facto de haver um núcleo de emigrantes bem integrados deve ser visto como um elemento facilitador da ligação e a garantia de uma maior colaboração entre as duas comunidades locais. Também na comunidade de origem é necessário que haja um grupo de pessoas que viva esta associação mas também a divulgue e a abra a outros sectores sociais.
Uma geminação para ser de sucesso tem que ser capaz de criar múltiplos elos de ligação. O pior que pode acontecer é isolar-se numa só ligação exercida em regime de exclusividade. Sem prejuízo de uma coordenação e de haver certos domínios privilegiados, se não houver vivacidade e dinamismo, a associação, se se tornar repetitiva, esmorecerá com o tempo.
Os contactos entre duas comunidades não se pode restringir àqueles que por natureza já são semelhantes, nem sequer a uma só geração. A segunda geração de emigrantes é importantíssima porque já tem outras possibilidades de ter um melhor conhecimento e integração no espírito do novo lugar e ainda mantém alguma ligação ao lugar de seus pais.
Maugrado o diferente estado de desenvolvimento que forçosamente existe entre duas comunidades desta natureza, maugrado as diferentes características que adquiriram num passado com frequentes divergências, é possível haver uma aceitação dessas diferenças, uma vivência e uma apreço mútuo.
Uma das razões de interesse é mesmo haver manifestações culturais variadas que criam o gosto pelo seu intercâmbio. Se não fora os emigrantes quem poderia dar início a este processo? São eles que nas terras de acolhimento ganham gosto pelos seus habitantes e mais gosto sentem em que estes também tomem contacto com a comunidade que os viu nascer.
As geminações podem dar um grande contributo para que os locais compreendam melhor os seus recentes conterrâneos. Afinal há muitas mais afinidades e convergências do que pode parecer à primeira vista entre quem, com mais ou menos atropelos, foi criado a respeitar os mesmos princípios civilizacionais.
Integrado neste espírito, devem ser ultrapassadas as barreiras de certo artificio que sempre existem, desenvolvendo esforços a nível do ensino e da formação para dar a todos as mesmas possibilidades de realização pessoal. Cabe às associações de geminação reforçar pelo intercâmbio juvenil a cooperação prática, no sentido da integração e partilha de valores.
Não haverá pois grandes problemas se as novas gerações foram colocadas em contacto de modo a desenvolverem laços que dêem continuidade ao trabalho desenvolvido pelos seus pais. È importante que se promovam contactos a nível de folclore, da música, do desporto, do artesanato, da gastronomia mas é a sensibilização das famílias para acolher alunos e permitir que os seus filhos tenham períodos de estudo noutras comunidades que pode alicerçar uma geminação que perdure.
Uma forma de defender o nosso património também passa por dar apoio aos nossos emigrantes para que, à medida que vão criando as suas famílias nos países de acolhimento, não vão perdendo os laços que os ligavam à sua terra e antes os alargam à comunidade em que agora se integram. Todos os elos que se possam criar são bons para manter essa ligação e esse amor pela terra mãe.
Em Ponte de Lima são já vários os casos de geminação com terras de diversos países a que nos ligam laços bem anteriores à integração europeia. Mesmo assim nem todos têm tido sucesso e pelo menos um já estará esquecido.
Talvez que a ideia dos patrocinadores não tenha correspondido uma implementação correcta e eficaz, essa geminação não tenha sido assumida e vivida pelos vários extractos sociais, não tenha sido garantida uma continuidade para além do acto institucional.
É claro que para este parcial fracasso terão contribuído uma série de equívocos. Em primeiro lugar porque, sendo a geminação feita entre terras, estas são representadas por pessoas que são transitórias nos cargos políticos e associativos que dão corpo a este tipo de associação.
Se há mudanças nas direcções e não se dá continuidade a um esforço, só porque ele foi iniciado por outros que se querem menosprezar, quando as prioridades passam a ser outras, corre-se o risco de dar origem a uma rotura num processo que, quando está no começo, é ainda muito frágil.
Depois porque os promotores são no geral emigrantes que encontram na geminação uma forma de manter os laços com a sua terra de origem ou pelo menos com o seu País. E da parte dos que por cá estamos encontra-se na geminação uma forma de compartilhar uma aventura passada que não vivemos, de seguirmos de forma mais aprazível um caminho que para eles foi de sacrifícios, quando não de pesadelos.
Esta lógica é legítima, deve ser incentivada e apoiada, mas é necessário que não só estas personagens participem no processo. Todos os elementos das duas comunidades locais, seja qual for a sua origem, devem ser chamados a integrar o espírito que preside a esta associação e incentivados a partilhar esta vivência.
O facto de haver um núcleo de emigrantes bem integrados deve ser visto como um elemento facilitador da ligação e a garantia de uma maior colaboração entre as duas comunidades locais. Também na comunidade de origem é necessário que haja um grupo de pessoas que viva esta associação mas também a divulgue e a abra a outros sectores sociais.
Uma geminação para ser de sucesso tem que ser capaz de criar múltiplos elos de ligação. O pior que pode acontecer é isolar-se numa só ligação exercida em regime de exclusividade. Sem prejuízo de uma coordenação e de haver certos domínios privilegiados, se não houver vivacidade e dinamismo, a associação, se se tornar repetitiva, esmorecerá com o tempo.
Os contactos entre duas comunidades não se pode restringir àqueles que por natureza já são semelhantes, nem sequer a uma só geração. A segunda geração de emigrantes é importantíssima porque já tem outras possibilidades de ter um melhor conhecimento e integração no espírito do novo lugar e ainda mantém alguma ligação ao lugar de seus pais.
Maugrado o diferente estado de desenvolvimento que forçosamente existe entre duas comunidades desta natureza, maugrado as diferentes características que adquiriram num passado com frequentes divergências, é possível haver uma aceitação dessas diferenças, uma vivência e uma apreço mútuo.
Uma das razões de interesse é mesmo haver manifestações culturais variadas que criam o gosto pelo seu intercâmbio. Se não fora os emigrantes quem poderia dar início a este processo? São eles que nas terras de acolhimento ganham gosto pelos seus habitantes e mais gosto sentem em que estes também tomem contacto com a comunidade que os viu nascer.
As geminações podem dar um grande contributo para que os locais compreendam melhor os seus recentes conterrâneos. Afinal há muitas mais afinidades e convergências do que pode parecer à primeira vista entre quem, com mais ou menos atropelos, foi criado a respeitar os mesmos princípios civilizacionais.
Integrado neste espírito, devem ser ultrapassadas as barreiras de certo artificio que sempre existem, desenvolvendo esforços a nível do ensino e da formação para dar a todos as mesmas possibilidades de realização pessoal. Cabe às associações de geminação reforçar pelo intercâmbio juvenil a cooperação prática, no sentido da integração e partilha de valores.
Não haverá pois grandes problemas se as novas gerações foram colocadas em contacto de modo a desenvolverem laços que dêem continuidade ao trabalho desenvolvido pelos seus pais. È importante que se promovam contactos a nível de folclore, da música, do desporto, do artesanato, da gastronomia mas é a sensibilização das famílias para acolher alunos e permitir que os seus filhos tenham períodos de estudo noutras comunidades que pode alicerçar uma geminação que perdure.
Uma forma de defender o nosso património também passa por dar apoio aos nossos emigrantes para que, à medida que vão criando as suas famílias nos países de acolhimento, não vão perdendo os laços que os ligavam à sua terra e antes os alargam à comunidade em que agora se integram. Todos os elos que se possam criar são bons para manter essa ligação e esse amor pela terra mãe.