Há uma ideia vagabunda que, quando é conveniente, é apanhada por alguns agentes políticos que é a de que o País é o simples somatório de alguns territórios e por consequência de alguns poderes parcelares.
Como os poderes do Estado extravasam em muito o que seria admissível que emanasse das pequenas parcelas, há actores que se arrogam a representação de outras pequenas parcelas similares. Incham, incham e ninguém parece segurá-los.
Tudo era mais claro se o Estado tivesse uma organização coerente e não “permitisse” a estes senhores a desfaçatez de se dizerem possuidores de poderes que ninguém lhes delegou, nem o Estado, nem quem neles votou só para o exercício de poderes específicos, nem muito menos os vizinhos que não votaram neles para nada.
Podíamos ir à Madeira mas temos casos, não tão aberrantes, mas igualmente fora das normas, aqui ao pé da porta. É o caso de Defensor Moura que fala como se falasse de um grupo de municípios sem passar patavina a nenhum dos integrantes, e até sobre assuntos que só dizem respeito ao povo. Por isso ele afirmou:
“Eu se quisesse tinha a presidência da Valimar. Eu não quero comando, mas também não quero ser comandado”. Além da linguagem inadequada, mas que diz bem do seu carácter, que hoje já se fala e se vai praticando a liderança, ainda afirma que “Sempre achei o Francisco Araújo era um bom presidente e deleguei nele”. Se não fosse caricato diria: É Campelo um capacho?
Para Defensor a sua quinta está bem e tanto basta:”Viana está bem como está. Tem o sistema ideal: associação com os municípios do Vale do Lima e com os do litoral”. No meio, principescamente, Defensor vangloria-se “conseguiu o sistema de águas e a via rápida”.
Os de Ponte de Lima e os outros que paguem a água de que não precisam (de Touvedo) e as auto-estradas que em Viana é tudo à borla (do interior paga-se para ir ao Porto). Com o estômago cheio vá de falar para o País:
“Sou contra o Minho, a organização administrativa do Estado tem de ser Norte de Portugal e depois o Distrito seguido do município”. Nós que já julgávamos o Distrito enterrado, não me digam que a sua ambição é ser governador civil!
E para que Daniel Campelo não fique só na sua saga contra a nossa agricultura, depois do seu ataque ao queijo flamengo, é a vez do vinho verde, acabem-se com eles, são uma p…. Bom vinho do Porto e viva o F.C.P., Também este quer “lulas = agradar a alguém” é o que é.
O Norte, enquanto se não definir, pode ser tudo o que queiramos, mas é multifacetado, multicolor, multicultural. Não é bom remetermos para a falta de um poder regional as nossas frustrações colectivas, fruto de não nos conseguirmos entender sequer ao nível de micro-regiões. O Norte merece mais do que isso, não preciso daquilo que estes Senhores lhe querem dar.
Numa região a Norte e muito menos se Minhota, Defensor Moura sabe que lhe não chega ter “quatro municípios que tinham três partidos diferentes e quatro presidentes de Câmara que não tinham passado político importante, que colocaram os interesses do Vale do Lima acima dos partidários”
Defensor Moura é pelas minorias de bloqueio, pegou numa manta de retalhos, aproveitou a imaturidade destes jovens políticos, temerosos de morrer no anonimato, e deu-lhe uns rebuçados, o que lhes permitiu um brilhosinho nos olhos. ¿Quem votou neles para defender interesses do Vale do Lima e não para defender o Alto Minho, o Minho, o Norte, ou outra região qualquer?
Este homem tem méritos, tem uma ideia de cidade, luta por ela e com algum arrojo. Mas não tem uma ideia de região, nem de País. Fica-se pelo vinho do Porto, infelizmente cada vez menos importante, pelo mundo aleatório da bola, ainda não livre de acusações de corrupção e encobridor de negócios obscuros.
“Não queremos T.G.V.”, claro que esse vá chatear lá para cima. Quando a sua intervenção pode ter repercussões para além do seu quintal, desculpabiliza-se e às Águas de Minho e Lima, que “são estradas com muito trânsito, em que é difícil trabalhar com eficiência e segurança. Compreendo”.
Isto dos buracos nas estradas não dá mediatismo mas já quanto à A28 “disse aos membros da Comissão de Utentes é que eram pouco persistentes, pouco mediáticos a fazer as suas reivindicações. É necessário fazermos ouvir a nossa voz e gritar um pouco mais alto. Eu próprio faço isto”. Já sabíamos.
A solidariedade, a conciliação de interesses, que não dos que presidem às Câmaras de cada terra, mas das populações que lá habitam, tem de estar presente nos discursos e na prática de qualquer político que queira ter alguma credibilidade. Mas não se pode substituir à voz do povo.
Defensor não tem qualquer credibilidade fora da sua terra: “ Eu tenho que defender os interesses dos Vianenses”. Se há políticos que nos enganam, este é bem claro. Não engana porque não combinou nada connosco.
Defensor desconfia de todos, de pequenos e de grandes. Quanto à “Universidade do Minho precisava de massa crítica” e “nós não somos súbditos” e “o Minho é uma província do séc. XIX que nunca teve poder administrativo”, quem não tem poder não interessa.
Todos querem controlar tudo, menos ele, até aquela “meia dúzia de municípios do distrito se juntaram, com 10.000 habitantes cada um, e querem controlar e mandar no distrito”.
Ninguém é santo mas este Senhor não dá oportunidade a ninguém. Talvez ele seja santo na sua terra, que cá fora todos o temos de ver como imbuído de algum maquiavelismo.
Eu que não sou filiado no seu partido, queria que ele tivesse uma intervenção cada vez maior na vida pública, na defesa dos interesses do Alto Minho, dos seus concelhos, associados ou não, mas não separados, pela intervenção dos socialistas desta mini região, como seus representantes ou não, mas que pertençam a qualquer órgão que possa ter alguma intervenção.
Eu queria que houvesse políticos cada vez mais credíveis e acho que o Partido Socialista terá que deixar de dar voz a quem não representa os ideais socialistas, antes perfilha visões paroquiais e métodos antiquados de fazer política. Só o não faz se houver um centralismo que viva bem com estas divisões, ou se esta “pequena” politica não interessar à “macro” política.
A imprensa não pode ser utilizada somente por estes Senhores que querem engrossar a voz, mas por quem se vê espoliado do direito a ter políticos que saibam fazer a intermediação entre os vários patamares do poder e não queiram ser eles a tudo decidir nas costas do povo. Se assim fosse este género de políticos não subiam tão alto. Mas ainda lhes podemos bater na cabeça.
Como os poderes do Estado extravasam em muito o que seria admissível que emanasse das pequenas parcelas, há actores que se arrogam a representação de outras pequenas parcelas similares. Incham, incham e ninguém parece segurá-los.
Tudo era mais claro se o Estado tivesse uma organização coerente e não “permitisse” a estes senhores a desfaçatez de se dizerem possuidores de poderes que ninguém lhes delegou, nem o Estado, nem quem neles votou só para o exercício de poderes específicos, nem muito menos os vizinhos que não votaram neles para nada.
Podíamos ir à Madeira mas temos casos, não tão aberrantes, mas igualmente fora das normas, aqui ao pé da porta. É o caso de Defensor Moura que fala como se falasse de um grupo de municípios sem passar patavina a nenhum dos integrantes, e até sobre assuntos que só dizem respeito ao povo. Por isso ele afirmou:
“Eu se quisesse tinha a presidência da Valimar. Eu não quero comando, mas também não quero ser comandado”. Além da linguagem inadequada, mas que diz bem do seu carácter, que hoje já se fala e se vai praticando a liderança, ainda afirma que “Sempre achei o Francisco Araújo era um bom presidente e deleguei nele”. Se não fosse caricato diria: É Campelo um capacho?
Para Defensor a sua quinta está bem e tanto basta:”Viana está bem como está. Tem o sistema ideal: associação com os municípios do Vale do Lima e com os do litoral”. No meio, principescamente, Defensor vangloria-se “conseguiu o sistema de águas e a via rápida”.
Os de Ponte de Lima e os outros que paguem a água de que não precisam (de Touvedo) e as auto-estradas que em Viana é tudo à borla (do interior paga-se para ir ao Porto). Com o estômago cheio vá de falar para o País:
“Sou contra o Minho, a organização administrativa do Estado tem de ser Norte de Portugal e depois o Distrito seguido do município”. Nós que já julgávamos o Distrito enterrado, não me digam que a sua ambição é ser governador civil!
E para que Daniel Campelo não fique só na sua saga contra a nossa agricultura, depois do seu ataque ao queijo flamengo, é a vez do vinho verde, acabem-se com eles, são uma p…. Bom vinho do Porto e viva o F.C.P., Também este quer “lulas = agradar a alguém” é o que é.
O Norte, enquanto se não definir, pode ser tudo o que queiramos, mas é multifacetado, multicolor, multicultural. Não é bom remetermos para a falta de um poder regional as nossas frustrações colectivas, fruto de não nos conseguirmos entender sequer ao nível de micro-regiões. O Norte merece mais do que isso, não preciso daquilo que estes Senhores lhe querem dar.
Numa região a Norte e muito menos se Minhota, Defensor Moura sabe que lhe não chega ter “quatro municípios que tinham três partidos diferentes e quatro presidentes de Câmara que não tinham passado político importante, que colocaram os interesses do Vale do Lima acima dos partidários”
Defensor Moura é pelas minorias de bloqueio, pegou numa manta de retalhos, aproveitou a imaturidade destes jovens políticos, temerosos de morrer no anonimato, e deu-lhe uns rebuçados, o que lhes permitiu um brilhosinho nos olhos. ¿Quem votou neles para defender interesses do Vale do Lima e não para defender o Alto Minho, o Minho, o Norte, ou outra região qualquer?
Este homem tem méritos, tem uma ideia de cidade, luta por ela e com algum arrojo. Mas não tem uma ideia de região, nem de País. Fica-se pelo vinho do Porto, infelizmente cada vez menos importante, pelo mundo aleatório da bola, ainda não livre de acusações de corrupção e encobridor de negócios obscuros.
“Não queremos T.G.V.”, claro que esse vá chatear lá para cima. Quando a sua intervenção pode ter repercussões para além do seu quintal, desculpabiliza-se e às Águas de Minho e Lima, que “são estradas com muito trânsito, em que é difícil trabalhar com eficiência e segurança. Compreendo”.
Isto dos buracos nas estradas não dá mediatismo mas já quanto à A28 “disse aos membros da Comissão de Utentes é que eram pouco persistentes, pouco mediáticos a fazer as suas reivindicações. É necessário fazermos ouvir a nossa voz e gritar um pouco mais alto. Eu próprio faço isto”. Já sabíamos.
A solidariedade, a conciliação de interesses, que não dos que presidem às Câmaras de cada terra, mas das populações que lá habitam, tem de estar presente nos discursos e na prática de qualquer político que queira ter alguma credibilidade. Mas não se pode substituir à voz do povo.
Defensor não tem qualquer credibilidade fora da sua terra: “ Eu tenho que defender os interesses dos Vianenses”. Se há políticos que nos enganam, este é bem claro. Não engana porque não combinou nada connosco.
Defensor desconfia de todos, de pequenos e de grandes. Quanto à “Universidade do Minho precisava de massa crítica” e “nós não somos súbditos” e “o Minho é uma província do séc. XIX que nunca teve poder administrativo”, quem não tem poder não interessa.
Todos querem controlar tudo, menos ele, até aquela “meia dúzia de municípios do distrito se juntaram, com 10.000 habitantes cada um, e querem controlar e mandar no distrito”.
Ninguém é santo mas este Senhor não dá oportunidade a ninguém. Talvez ele seja santo na sua terra, que cá fora todos o temos de ver como imbuído de algum maquiavelismo.
Eu que não sou filiado no seu partido, queria que ele tivesse uma intervenção cada vez maior na vida pública, na defesa dos interesses do Alto Minho, dos seus concelhos, associados ou não, mas não separados, pela intervenção dos socialistas desta mini região, como seus representantes ou não, mas que pertençam a qualquer órgão que possa ter alguma intervenção.
Eu queria que houvesse políticos cada vez mais credíveis e acho que o Partido Socialista terá que deixar de dar voz a quem não representa os ideais socialistas, antes perfilha visões paroquiais e métodos antiquados de fazer política. Só o não faz se houver um centralismo que viva bem com estas divisões, ou se esta “pequena” politica não interessar à “macro” política.
A imprensa não pode ser utilizada somente por estes Senhores que querem engrossar a voz, mas por quem se vê espoliado do direito a ter políticos que saibam fazer a intermediação entre os vários patamares do poder e não queiram ser eles a tudo decidir nas costas do povo. Se assim fosse este género de políticos não subiam tão alto. Mas ainda lhes podemos bater na cabeça.