À nossa dimensão já hoje existe um significativo movimento pendular que trás à nossa Vila cada vez um maior número de pessoas e carros pela manhã e as faz regressar às aldeias circunvizinhas pelo fim da tarde.
Tendo o transporte particular adquirido aqui características de irremediável, dada a dispersão do povoamento, há uma grande concentração de carros em especial nas horas normais de laboração do comércio e do funcionalismo locais.
Também nos sábados de manhã há uma grande movimentação de pessoas que procuram fazer as compras que por qualquer motivo não podem efectuar durante o resto da semana.
Em particular nos domingos há, no geral quando as condições meteorológicas são favoráveis, um significativo afluxo de visitantes oriundos em especial no Norte Litoral do País.
Se o transporte normalmente utilizado é o carro, em especial no Verão, também ocorrem a Ponte de Lima muitas excursões organizadas que, por vezes, são em número significativo e permanecem por largos períodos na Vila.
Acresce a isto ainda um outro problema que é a localização da feira quinzenal, fenómeno sempre crescente em número de feirantes, que se tornou um gigante cada vez mais difícil de mover.
A gestão destes fluxos deveria ser motivo de um apurado estudo que, baseado no conhecimento e na experiência alheia, permitissem encontrar soluções favoráveis às pessoas, à economia e tivesse em conta o interesse dos residentes e o desenvolvimento futuro.
A grande pressão exerce-se sobre a parte ribeirinha da Vila, local tradicional de feira, do comércio tradicional e do estacionamento.
Também se tem de ter em conta que aqui se situa o centro cívico por excelência, local de encontro e convívio. Cada vez menos local de residência por vicissitudes várias mas que, à nossa dimensão, se assemelham ao problema das grandes cidades: A desertificação do Centro Histórico e a residência na periferia.
A necessidade de inverter esta tendência tem de ser tomada em conta também naquilo que diz respeito à política de transporte e estacionamento na zona histórica.
Também a situação do comércio tradicional e a diminuição da acessibilidade ao centro histórico deve ser ponderada nas suas consequências de abaixamento do nível de comércio, acréscimo da sua sazonalidade e extinção do comércio mais grosseiro que pressupõe uma acessibilidade fácil, à beira da porta.
Em Ponte de Lima a política desgarrada do Município cujo objectivo final só deve estar na cabeça de alguns é a de condenar o centro histórico à ruína, criar uma zona morta, sem vida, artificial, distante da função que historicamente já teve.
Em lugar de se fazer uma adaptação racional aos novos tempos, privilegia-se a imagem fotográfica, a nudez sem vida, as repulsas patogénicas, a inversão de valores muito própria de um certo intelectualismo serôdio e pacóvio.
Na Vila já não há massa crítica, sequer para protestar. A anestesia é tal que deu origem à letargia e ao embrutecimento mental. O espectáculo é por demais triste e fantasmagórico.
Sacrifica-se tudo ao turismo domingueiro. Nós não vivemos para o domingo. No domingo temos de fugir daqui, desta Vila que já não é nossa. È dos fantasmas que deambulam.
Como é possível querer habilitar este Centro Histórico a Património da Humanidade quando ele não é habitável, não tem qualidade, perde cada vez mais a sua ligação ao passado, seguramente não tem 20 % da população que já teve e está em mais de 70% degradado?
Tendo o transporte particular adquirido aqui características de irremediável, dada a dispersão do povoamento, há uma grande concentração de carros em especial nas horas normais de laboração do comércio e do funcionalismo locais.
Também nos sábados de manhã há uma grande movimentação de pessoas que procuram fazer as compras que por qualquer motivo não podem efectuar durante o resto da semana.
Em particular nos domingos há, no geral quando as condições meteorológicas são favoráveis, um significativo afluxo de visitantes oriundos em especial no Norte Litoral do País.
Se o transporte normalmente utilizado é o carro, em especial no Verão, também ocorrem a Ponte de Lima muitas excursões organizadas que, por vezes, são em número significativo e permanecem por largos períodos na Vila.
Acresce a isto ainda um outro problema que é a localização da feira quinzenal, fenómeno sempre crescente em número de feirantes, que se tornou um gigante cada vez mais difícil de mover.
A gestão destes fluxos deveria ser motivo de um apurado estudo que, baseado no conhecimento e na experiência alheia, permitissem encontrar soluções favoráveis às pessoas, à economia e tivesse em conta o interesse dos residentes e o desenvolvimento futuro.
A grande pressão exerce-se sobre a parte ribeirinha da Vila, local tradicional de feira, do comércio tradicional e do estacionamento.
Também se tem de ter em conta que aqui se situa o centro cívico por excelência, local de encontro e convívio. Cada vez menos local de residência por vicissitudes várias mas que, à nossa dimensão, se assemelham ao problema das grandes cidades: A desertificação do Centro Histórico e a residência na periferia.
A necessidade de inverter esta tendência tem de ser tomada em conta também naquilo que diz respeito à política de transporte e estacionamento na zona histórica.
Também a situação do comércio tradicional e a diminuição da acessibilidade ao centro histórico deve ser ponderada nas suas consequências de abaixamento do nível de comércio, acréscimo da sua sazonalidade e extinção do comércio mais grosseiro que pressupõe uma acessibilidade fácil, à beira da porta.
Em Ponte de Lima a política desgarrada do Município cujo objectivo final só deve estar na cabeça de alguns é a de condenar o centro histórico à ruína, criar uma zona morta, sem vida, artificial, distante da função que historicamente já teve.
Em lugar de se fazer uma adaptação racional aos novos tempos, privilegia-se a imagem fotográfica, a nudez sem vida, as repulsas patogénicas, a inversão de valores muito própria de um certo intelectualismo serôdio e pacóvio.
Na Vila já não há massa crítica, sequer para protestar. A anestesia é tal que deu origem à letargia e ao embrutecimento mental. O espectáculo é por demais triste e fantasmagórico.
Sacrifica-se tudo ao turismo domingueiro. Nós não vivemos para o domingo. No domingo temos de fugir daqui, desta Vila que já não é nossa. È dos fantasmas que deambulam.
Como é possível querer habilitar este Centro Histórico a Património da Humanidade quando ele não é habitável, não tem qualidade, perde cada vez mais a sua ligação ao passado, seguramente não tem 20 % da população que já teve e está em mais de 70% degradado?