Quando tentamos averiguar o motivo da vinda de tanta gente às Feiras Novas é vulgar não encontrarmos uma resposta precisa e decisiva. As Feiras Novas têm muitas constituintes, mas tem em especial uma parte religiosa, outra comercial e outra lúdica. A parte religiosa já terá tido mais relevância no conjunto desta iniciativa, mas que dá ainda o seu contributo para que na segunda-feira, um, dia não feriado, haja uma afluência significativa, em especial à tarde, de pessoas.
As Feiras Novas são um imenso mercado aproveitado por vários sectores comerciais para fazer os seus negócios. É nas Feiras Novas que se encontram aqueles artigos que não se vêm nas restantes feiras do ano. Entre aquilo que se espera e o inesperado, a novidade, de tudo se encontra, o que é necessário é procurar, dar uma volta pelo areal e pelas alamedas, que por todo o lado aparece quem nos queira vencer algo.
As Feiras Novas são um imenso parque de diversões que atrai a mocidade para utilizar velhos e novos divertimentos. Também nas Feiras Novas há eventos para todas as idades. Para os mais velhos há os cortejos e os grupos musicais, os bombos e as concertinas. No entanto, por mais esmero que ponham na realização das Feiras Novas, o atractivo maior continua a estar no ambiente, no clima festivo, na confraternização.
Muitas pessoas dizem que não seria necessário que a comissão de festas se preocupasse com achar novos números para preencher o tempo festivo que as pessoas viriam de igual modo. O essencial seria o bom tempo, que mesmo o mau tempo ainda permite que as festas sejam grandiosas. Não será tanto assim, uns atractivos fazem sempre falta, mas não haverá dúvidas de que o ar festivo surge com uma espontaneidade que surpreende todos.
Um desafio que se apresenta é manter o carácter genuíno que ainda subsiste nestas festas. Elas ainda ligam um mundo rural em permanente extinção a um mundo urbano constituído pelos antigos senhores das terras que mantiveram a elas as sua ligações, e tudo fizeram para que esse mundo rural subsistisse intocado e intocável, e a um mundo suburbano que mistura tudo, faz a amálgama de realidades diferentes e acaba que destruir aquilo que podia ser conservado e conserva somente aquilo que é caricato.
Talvez não cheguemos a acordo sobre aquilo que nas Feiras Novas é genuíno, mas decerto que sobre aquilo que não é genuíno o acordo será mais geral. Numa localidade vizinha foi chamada a atenção para o uso de ténis e calças de ganga nos vários desfiles alegóricos. Efectivamente concordamos que é aberrante ver um camponês ataviado à maneira da cintura para cima e vê-lo desfilar com o conforto duns ténis modernaços e policromáticos. Também não é espectáculo digno ver imensa gente de copo de plástico cheio de cerveja espalhando encanto por todo o recinto festivo.
Valores mais altos se levantarão. Não será fácil arranjar participantes para os cortejos de entre gente habituada a outros meios obrigando-os a adornar os seus delicados pés com toscas chancas de madeira. Não será fácil arranjar patrocínios tão valiosos como os que são facultados pelas marcas de cerveja. Porém tudo deve ser feita para manter o enquadramento em que as festas sempre decorreram com adaptações à modernidade, mas sem cedências ao mau gosto e aos poderes comerciais.
A crítica não será suficiente para desvalorizar o esforço que é feito para realizar estas tão grandiosas festas. Porém era bom que, aqui que ninguém nos houve, se reconhecesse que não chega a ser crítica todo o esforço que possa ser feito para que as festas não sejam adulteradas. Quando esse tipo de crítica é feita entre amigos, entre aqueles que gostam das festas e a elas aderem com entusiasmo, isso não passa para os estranhos, para aqueles para os quais teríamos que adoptar outra linguagem. É aqui estaremos entre amigos.
Nos seus 100 anos o Cardeal Saraiva também é uma referência nas Feiras Novas. Realcemos o seu contributo para as difundir, mas principalmente para manter entre os imigrantes o enorme apego que todos eles, como todos os limianos, dedicam às suas Festas.
As Feiras Novas são um imenso mercado aproveitado por vários sectores comerciais para fazer os seus negócios. É nas Feiras Novas que se encontram aqueles artigos que não se vêm nas restantes feiras do ano. Entre aquilo que se espera e o inesperado, a novidade, de tudo se encontra, o que é necessário é procurar, dar uma volta pelo areal e pelas alamedas, que por todo o lado aparece quem nos queira vencer algo.
As Feiras Novas são um imenso parque de diversões que atrai a mocidade para utilizar velhos e novos divertimentos. Também nas Feiras Novas há eventos para todas as idades. Para os mais velhos há os cortejos e os grupos musicais, os bombos e as concertinas. No entanto, por mais esmero que ponham na realização das Feiras Novas, o atractivo maior continua a estar no ambiente, no clima festivo, na confraternização.
Muitas pessoas dizem que não seria necessário que a comissão de festas se preocupasse com achar novos números para preencher o tempo festivo que as pessoas viriam de igual modo. O essencial seria o bom tempo, que mesmo o mau tempo ainda permite que as festas sejam grandiosas. Não será tanto assim, uns atractivos fazem sempre falta, mas não haverá dúvidas de que o ar festivo surge com uma espontaneidade que surpreende todos.
Um desafio que se apresenta é manter o carácter genuíno que ainda subsiste nestas festas. Elas ainda ligam um mundo rural em permanente extinção a um mundo urbano constituído pelos antigos senhores das terras que mantiveram a elas as sua ligações, e tudo fizeram para que esse mundo rural subsistisse intocado e intocável, e a um mundo suburbano que mistura tudo, faz a amálgama de realidades diferentes e acaba que destruir aquilo que podia ser conservado e conserva somente aquilo que é caricato.
Talvez não cheguemos a acordo sobre aquilo que nas Feiras Novas é genuíno, mas decerto que sobre aquilo que não é genuíno o acordo será mais geral. Numa localidade vizinha foi chamada a atenção para o uso de ténis e calças de ganga nos vários desfiles alegóricos. Efectivamente concordamos que é aberrante ver um camponês ataviado à maneira da cintura para cima e vê-lo desfilar com o conforto duns ténis modernaços e policromáticos. Também não é espectáculo digno ver imensa gente de copo de plástico cheio de cerveja espalhando encanto por todo o recinto festivo.
Valores mais altos se levantarão. Não será fácil arranjar participantes para os cortejos de entre gente habituada a outros meios obrigando-os a adornar os seus delicados pés com toscas chancas de madeira. Não será fácil arranjar patrocínios tão valiosos como os que são facultados pelas marcas de cerveja. Porém tudo deve ser feita para manter o enquadramento em que as festas sempre decorreram com adaptações à modernidade, mas sem cedências ao mau gosto e aos poderes comerciais.
A crítica não será suficiente para desvalorizar o esforço que é feito para realizar estas tão grandiosas festas. Porém era bom que, aqui que ninguém nos houve, se reconhecesse que não chega a ser crítica todo o esforço que possa ser feito para que as festas não sejam adulteradas. Quando esse tipo de crítica é feita entre amigos, entre aqueles que gostam das festas e a elas aderem com entusiasmo, isso não passa para os estranhos, para aqueles para os quais teríamos que adoptar outra linguagem. É aqui estaremos entre amigos.
Nos seus 100 anos o Cardeal Saraiva também é uma referência nas Feiras Novas. Realcemos o seu contributo para as difundir, mas principalmente para manter entre os imigrantes o enorme apego que todos eles, como todos os limianos, dedicam às suas Festas.
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