O Sr. Armando Pereira disse em recente entrevista a este Jornal que eu, Manuel Pires Trigo, sou um brincalhão, e não fico melindrado por isso. Efectivamente pretendo emprestar às minhas intervenções, seja em que ambiente for, uma alegria que falta no nosso convívio e já tenho escrito sobre isso.
Mas A. P., assim como outras pessoas que me tem manifestado, de uma forma ou doutra, o mesmo parecer, têm o desejo mais íntimo de relativizar as minhas opiniões. Também as não critico por isso. Mas essa questão, de se ter que ser mau para que as pessoas confrontem as nossas ideias com as suas, não me convence e acho até que só convence quem pretende impor-se pelo medo, ou quem está habituado a ser convencido dessa maneira.
Desde a primeira hora, há pouco mais de dois anos, que intervenho na Assembleia Municipal de Ponte de Lima, que tenho constatado diferentes propósitos dos seus membros e, como tem sido evidente, independentemente do partido pelo qual se candidataram.
Há aqueles que só querem que a sessão da Assembleia acabe depressa. Outros porque se dizem a favor de uma linguagem mais incisiva que, além de inadequada na minha perspectiva, lhes falta ânimo e até sabedoria para a assumirem. Outros simplesmente têm o intuito de calar a minha voz, que os incomodará, sabe-se lá porquê.
Neste tipo de Assembleia o mais normal é falarmos para a Câmara Municipal e em particular para o seu Presidente. Por vezes impõe-se que falemos para a própria Assembleia mas infelizmente a maioria não se acha merecedora disto. No entanto tal seria a única forma de criar uma vontade própria, leal para quem o entenda ser mas sem ser fiel acriticamente.
Eu procuro compreender aquilo com que não estou comprometido e relativizar o que entendo serem erros dos outros, desde que as pessoas os façam com propósito sério. No entanto eu estou na Assembleia para dar o meu ponto de vista, não tanto para denegrir o passado, mas para tentar contribuir para abrir perspectivas de futuro.
Afinal o que interessa é pormos o maior número possível de pessoas a falar do futuro, e não só mas também, neste prisma puramente político por que passa a afirmação de A. P. de que “vai sendo tempo de Daniel Campelo descansar um pouco…”. Com certeza que A. P. o viria a dizer mais tarde, ou tem-no dito noutros locais, mas assim disse-o já e no seguimento desta última Assembleia.
O que me preocupa nas minhas intervenções é, além de eu ter uma ideia para a “cidade”, para o concelho, para o país, para o mundo, querer aferir da correspondente ideia que os outros têm, de modo a encontrar pontos de encontro e divergência e infelizmente verificar que a maioria não vai além de uma maneira superficial de ver as coisas, que muitas vezes até é pouco humilde.
Mas vamos continuar no mesmo caminho, com amizade, condescendência, humildade com todos os nobres sentimentos que devem estar presentes na discussão da coisa pública. Vamos continuar a pensar que as pessoas serão capazes de abandonar ideias simplistas e redutoras e a analisar as coisas com alguma profundidade e a sintetizar em intervenções as suas conclusões.
Esta questão de discutir a necessidade ou a simples ideia da sucessão de Daniel Campelo interessa-me obviamente, primeiro como membro da opinião pública e em qualquer qualidade de natureza representativa e o que eu procuro é que haja clareza na defesa das opiniões de cada um, com apresentação descriminada dos argumentos de cada parte.
Armando Pereira “manda” descansar Daniel Campelo mas não mostrou o que lhe vai na alma. Ora ainda se não viu qualquer político que gostasse de ser escorraçado pela porta fora. Para mais neste caso em que se não vê que tenha sido preparado qualquer delfim. D. C. é politicamente forte, o suficiente para secar tudo à sua volta, para não deixar despontar ninguém.
Os seus vereadores têm sido pessoas que têm que abdicar de toda e qualquer afirmação pessoal para o servir. D.C. utiliza a actual Lei reforçando o poder presidencial no sentido para que vai apontar a nova lei das autarquias que está a ser elaborada.
Os servidores de D. C. cumprem as suas orientações. São o escudo para o dia a dia, para o proteger das arremetidas esporádicas, para amortecer o impacto dalguma contestação e até da rejeição de algum pedido mais abusivo. A veste que “fica bem” a Campelo soa a falsa posta no corpo dos seus vereadores.
Poderão ser tão ardilosos como ele, mas não têm a visão e a força política do chefe. Com qualidades e defeitos, fruto do seu tempo, das circunstâncias históricas em que viveu, D. C. não está cansado e, não sendo um exemplo de gestão democrática, parece que são os outros políticos que lhe dão razão e não o contrário. Também eu, tendo espaço para intervir, me não cansarei.
Mas A. P., assim como outras pessoas que me tem manifestado, de uma forma ou doutra, o mesmo parecer, têm o desejo mais íntimo de relativizar as minhas opiniões. Também as não critico por isso. Mas essa questão, de se ter que ser mau para que as pessoas confrontem as nossas ideias com as suas, não me convence e acho até que só convence quem pretende impor-se pelo medo, ou quem está habituado a ser convencido dessa maneira.
Desde a primeira hora, há pouco mais de dois anos, que intervenho na Assembleia Municipal de Ponte de Lima, que tenho constatado diferentes propósitos dos seus membros e, como tem sido evidente, independentemente do partido pelo qual se candidataram.
Há aqueles que só querem que a sessão da Assembleia acabe depressa. Outros porque se dizem a favor de uma linguagem mais incisiva que, além de inadequada na minha perspectiva, lhes falta ânimo e até sabedoria para a assumirem. Outros simplesmente têm o intuito de calar a minha voz, que os incomodará, sabe-se lá porquê.
Neste tipo de Assembleia o mais normal é falarmos para a Câmara Municipal e em particular para o seu Presidente. Por vezes impõe-se que falemos para a própria Assembleia mas infelizmente a maioria não se acha merecedora disto. No entanto tal seria a única forma de criar uma vontade própria, leal para quem o entenda ser mas sem ser fiel acriticamente.
Eu procuro compreender aquilo com que não estou comprometido e relativizar o que entendo serem erros dos outros, desde que as pessoas os façam com propósito sério. No entanto eu estou na Assembleia para dar o meu ponto de vista, não tanto para denegrir o passado, mas para tentar contribuir para abrir perspectivas de futuro.
Afinal o que interessa é pormos o maior número possível de pessoas a falar do futuro, e não só mas também, neste prisma puramente político por que passa a afirmação de A. P. de que “vai sendo tempo de Daniel Campelo descansar um pouco…”. Com certeza que A. P. o viria a dizer mais tarde, ou tem-no dito noutros locais, mas assim disse-o já e no seguimento desta última Assembleia.
O que me preocupa nas minhas intervenções é, além de eu ter uma ideia para a “cidade”, para o concelho, para o país, para o mundo, querer aferir da correspondente ideia que os outros têm, de modo a encontrar pontos de encontro e divergência e infelizmente verificar que a maioria não vai além de uma maneira superficial de ver as coisas, que muitas vezes até é pouco humilde.
Mas vamos continuar no mesmo caminho, com amizade, condescendência, humildade com todos os nobres sentimentos que devem estar presentes na discussão da coisa pública. Vamos continuar a pensar que as pessoas serão capazes de abandonar ideias simplistas e redutoras e a analisar as coisas com alguma profundidade e a sintetizar em intervenções as suas conclusões.
Esta questão de discutir a necessidade ou a simples ideia da sucessão de Daniel Campelo interessa-me obviamente, primeiro como membro da opinião pública e em qualquer qualidade de natureza representativa e o que eu procuro é que haja clareza na defesa das opiniões de cada um, com apresentação descriminada dos argumentos de cada parte.
Armando Pereira “manda” descansar Daniel Campelo mas não mostrou o que lhe vai na alma. Ora ainda se não viu qualquer político que gostasse de ser escorraçado pela porta fora. Para mais neste caso em que se não vê que tenha sido preparado qualquer delfim. D. C. é politicamente forte, o suficiente para secar tudo à sua volta, para não deixar despontar ninguém.
Os seus vereadores têm sido pessoas que têm que abdicar de toda e qualquer afirmação pessoal para o servir. D.C. utiliza a actual Lei reforçando o poder presidencial no sentido para que vai apontar a nova lei das autarquias que está a ser elaborada.
Os servidores de D. C. cumprem as suas orientações. São o escudo para o dia a dia, para o proteger das arremetidas esporádicas, para amortecer o impacto dalguma contestação e até da rejeição de algum pedido mais abusivo. A veste que “fica bem” a Campelo soa a falsa posta no corpo dos seus vereadores.
Poderão ser tão ardilosos como ele, mas não têm a visão e a força política do chefe. Com qualidades e defeitos, fruto do seu tempo, das circunstâncias históricas em que viveu, D. C. não está cansado e, não sendo um exemplo de gestão democrática, parece que são os outros políticos que lhe dão razão e não o contrário. Também eu, tendo espaço para intervir, me não cansarei.
Como A. P. sou pelo afastamento de Daniel Campelo desde que as pessoas se apercebam que o seu tempo passou, que há alternativas fora do seu grupo de seguidores, que estes agindo por fidelidade não podem ser seus sucessores porque há muito prescindiram da sua coerência e cada um por si já não dá sustentação a um corpo coeso de ideias.