A Assembleia Municipal de Ponde de Lima aprovou com 7 votos contra, 9 abstenções e bastantes ausências estratégicas a Carta Educativa do Concelho de Ponte de Lima.
O Presidente da Câmara de Ponte de Lima fez uma adesão clara à política educativa do governo, já que ela corresponde a uma transferência significativa de poderes para as autarquias locais.
Sinceramente fiquei sem saber se era só por isso ou se havia um sincero interesse em contribuir para o futuro deste País. Acho que o peso desta responsabilidade ainda não está devidamente avaliado por muitos autarcas.
E a responsabilidade é muita, principalmente nos concelhos como o nosso que mais etapas têm que vencer para, pelo menos, chegar ao pelotão intermédio desta corrida assaz difícil e cheia de obstáculos.
Como todas as transformações, esta também é dolorosa porque mexe com os interesses mais localizados, ditos de capela, representados essencialmente pelos presidentes de junta, e por alguns dinossauros políticos.
Foi daqueles que mais oposição se manifestou em relação a esta Carta Educativa, essencial, pelo menos para aquele mínimo de programação exigível. Mas a realidade é que ninguém gosta de perder o pouco que ainda tem.
Ficamos porém sem saber se a orientação do Executivo Camarário é no sentido de manter uma direcção certa e que reproduza em todo o concelho o modelo que, ainda que melhorado, pode ser representado pelo Centro Educativo da Ribeira.
Digamos que o poder central transfere alguns dos seus poderes sobre um sector tão vital para o País no pressuposto que as autarquias locais colaboram numa reestruturação da rede escolar que há muito se impunha.
Reestruturação que andou afastada das prioridades nacionais ou então levou tempo de mais a ser estudada, no sentido de definir os parâmetros que pudessem balizar as mudanças a operar no todo nacional.
Reconheçamos que as autarquias locais foram mais céleres, mesmo sem corresponder aos prazos previstos na Lei. Em três anos estão a ser genericamente aprovadas as Cartas Educativas por todo o País.
O que nós não sabemos é se alguns autarcas não vão tentar por todos os meios contornar a lei, torpedear as orientações definidas pelo governo, submeter-se aos poderes das capelinhas.
No caso de Ponte de Lima ficamos sem saber se vai haver cedência a interesses instalados e a vaidades superficiais. Nós queríamos uma Carta Educativa mais clara, mais ambiciosa, que não admitisse retrocessos.
Muita coisa ficou por decidir. Claro que há problemas com a disponibilidade de terrenos, mas tão só essas. Tudo o mais é relativo e as crianças merecem tudo de nós.
É fácil dizer que se deve acreditar no bom senso, mas mais seguro era que orientações mais precisas ficassem definidas para servir de guia às acções a empreender no futuro.
Realçamos desde já o entusiasmo que esta política educativa do governo está a gerar, até em sectores de que se não esperaria tanto, e em particular na Câmara de Ponte de Lima, incluindo nos dois partidos da oposição.
Para que o Sr. Presidente da Câmara tivesse dito que este governo tem alguns salafrários mas que gosta da Ministra da Educação, afirmação grave e perfeitamente gratuita, só se quer falar em sentido figurado, como agora se ouve dizer, para dar mais realce ao seu amor por esta arrojada Ministra.
E já que estamos a falar em termos figurativos não será de mais perguntar se o belo para se afirmar precisa de ser realçado à custa do menos belo. Nós vemos que até o grotesco sobrevive por si.
O pior que pode acontecer é querermos os rostos, as personalidades, as pessoas todas definidas pela mesma forma, ao critério de um qualquer iluminado. Sempre seria melhor nós não definirmos as coisas numa lógica de exclusão.
O Senhor Campelo, enquanto Presidente da Câmara de Ponte de Lima vale o que vale o seu Executivo Camarário e este tanto quanto vale o mesmo Senhor. Estarmos aqui a descobrir salafrários no seu Executivo é contrário à ética da responsabilidade política.
Que aconteceria se nós começássemos a utilizar esta linguagem. Vamos tentar julgar as outras pessoas pelas suas atitudes, pelas suas acções, pelas suas omissões, porque estamos no nosso direito mas usemos termos contundentes, “agressivos” mas sem cair no fácil e no “popularucho”.
Há sempre um ponto de viragem no caminho daqueles que escolhem a aleivosia.
O Presidente da Câmara de Ponte de Lima fez uma adesão clara à política educativa do governo, já que ela corresponde a uma transferência significativa de poderes para as autarquias locais.
Sinceramente fiquei sem saber se era só por isso ou se havia um sincero interesse em contribuir para o futuro deste País. Acho que o peso desta responsabilidade ainda não está devidamente avaliado por muitos autarcas.
E a responsabilidade é muita, principalmente nos concelhos como o nosso que mais etapas têm que vencer para, pelo menos, chegar ao pelotão intermédio desta corrida assaz difícil e cheia de obstáculos.
Como todas as transformações, esta também é dolorosa porque mexe com os interesses mais localizados, ditos de capela, representados essencialmente pelos presidentes de junta, e por alguns dinossauros políticos.
Foi daqueles que mais oposição se manifestou em relação a esta Carta Educativa, essencial, pelo menos para aquele mínimo de programação exigível. Mas a realidade é que ninguém gosta de perder o pouco que ainda tem.
Ficamos porém sem saber se a orientação do Executivo Camarário é no sentido de manter uma direcção certa e que reproduza em todo o concelho o modelo que, ainda que melhorado, pode ser representado pelo Centro Educativo da Ribeira.
Digamos que o poder central transfere alguns dos seus poderes sobre um sector tão vital para o País no pressuposto que as autarquias locais colaboram numa reestruturação da rede escolar que há muito se impunha.
Reestruturação que andou afastada das prioridades nacionais ou então levou tempo de mais a ser estudada, no sentido de definir os parâmetros que pudessem balizar as mudanças a operar no todo nacional.
Reconheçamos que as autarquias locais foram mais céleres, mesmo sem corresponder aos prazos previstos na Lei. Em três anos estão a ser genericamente aprovadas as Cartas Educativas por todo o País.
O que nós não sabemos é se alguns autarcas não vão tentar por todos os meios contornar a lei, torpedear as orientações definidas pelo governo, submeter-se aos poderes das capelinhas.
No caso de Ponte de Lima ficamos sem saber se vai haver cedência a interesses instalados e a vaidades superficiais. Nós queríamos uma Carta Educativa mais clara, mais ambiciosa, que não admitisse retrocessos.
Muita coisa ficou por decidir. Claro que há problemas com a disponibilidade de terrenos, mas tão só essas. Tudo o mais é relativo e as crianças merecem tudo de nós.
É fácil dizer que se deve acreditar no bom senso, mas mais seguro era que orientações mais precisas ficassem definidas para servir de guia às acções a empreender no futuro.
Realçamos desde já o entusiasmo que esta política educativa do governo está a gerar, até em sectores de que se não esperaria tanto, e em particular na Câmara de Ponte de Lima, incluindo nos dois partidos da oposição.
Para que o Sr. Presidente da Câmara tivesse dito que este governo tem alguns salafrários mas que gosta da Ministra da Educação, afirmação grave e perfeitamente gratuita, só se quer falar em sentido figurado, como agora se ouve dizer, para dar mais realce ao seu amor por esta arrojada Ministra.
E já que estamos a falar em termos figurativos não será de mais perguntar se o belo para se afirmar precisa de ser realçado à custa do menos belo. Nós vemos que até o grotesco sobrevive por si.
O pior que pode acontecer é querermos os rostos, as personalidades, as pessoas todas definidas pela mesma forma, ao critério de um qualquer iluminado. Sempre seria melhor nós não definirmos as coisas numa lógica de exclusão.
O Senhor Campelo, enquanto Presidente da Câmara de Ponte de Lima vale o que vale o seu Executivo Camarário e este tanto quanto vale o mesmo Senhor. Estarmos aqui a descobrir salafrários no seu Executivo é contrário à ética da responsabilidade política.
Que aconteceria se nós começássemos a utilizar esta linguagem. Vamos tentar julgar as outras pessoas pelas suas atitudes, pelas suas acções, pelas suas omissões, porque estamos no nosso direito mas usemos termos contundentes, “agressivos” mas sem cair no fácil e no “popularucho”.
Há sempre um ponto de viragem no caminho daqueles que escolhem a aleivosia.