Dois assaltos, de alguma monta, à propriedade alheia, um a um depósito de tabaco em Ponte de Lima, outro a uma ourivesaria em Ponte da Barca, levam-nos a concluir que os larápios não escolhem a cor das fardas das forças de segurança em presença nestes burgos.
Os rapinadores escolham a hora do dia, os meios de transporte, os ramos de comércio e actuam no geral na maior impunidade. É uma praga que vem de longe, da Galiza ou dos arredores do Porto e que cá vem com a facilidade que as auto-estradas e os bons carros roubados facultam.
Perante armas tão desiguais ninguém duvida que o papel das forças de segurança tem a ingratidão que a impotência, a falta de meios capazes lhes dá. Além de que ninguém lhes agradece que sejam heróis, que a confusão processual em que se metem por usar meios mais violentos é motivo suficiente para eles evitarem conflitos.
Neste contexto a justiça, pela sua formulação e pela prática, no seu papel de dirimir os conflitos sociais, tem, nestes tempos, colocado as duas partes, por natureza tão diferentes, em igualdade de circunstâncias. A própria opinião pública, por reacção a atitudes menos pensadas de alguns agentes da autoridade em situações que não justificariam o uso de violência, não se mostra favorável à utilização de meios mais radicais de imobilização dos criminosos.
O meio de luta mais consensual é a prevenção mas para este tipo de violência nada podemos fazer. Os seus agentes não são de cá, usam os meios mais evoluídos, tem a seu favor o tempo, o segredo, a organização.
A situação das coisas tem de ser alterada. O que podemos fazer é clamarmos por um reforço dos meios dos agentes locais de autoridade o que passa também por os ver inseridos num sistema centralizado de rápido acesso a meios informáticos, de pessoal e material.
Esta é uma das razões porque é vantajoso que em Ponte de Lima houvesse uma só força de polícia, chamem-lhe o nome que quiserem, mas a dispersão de meios por duas linhas de comando e a prevalência nos concelhos limítrofes de uma outra força diferente e cá minoritária, não favorece a articulação e a maleabilidade dos meios existentes.
Vai-se caminhar para a uniformização, não há dúvida, mas enquanto se lá não chega temos de continuar a solicitar o reforço dos meios, perfeitamente desajustados mesmo que não houvesse desperdício.
É necessário darmos aos agentes que se empenham em evitar o desrespeito pela lei, pela propriedade particular e pelos bens de domínio público, em defender o sossego e bem-estar da população, a solidariedade nos momentos difíceis em que os insatisfeitos manifestam alguma incompreensão.
O trabalho de polícia, exercido com dignidade e aprumo, é dos mais gratos para quem o exerce e não devemos estar alheios à sua importância. A farda que se veste é irrelevante na sua cor ou corte, qualquer uma deve ser vista no sentido de um símbolo que é necessário respeitar e dignificar.
Os rapinadores escolham a hora do dia, os meios de transporte, os ramos de comércio e actuam no geral na maior impunidade. É uma praga que vem de longe, da Galiza ou dos arredores do Porto e que cá vem com a facilidade que as auto-estradas e os bons carros roubados facultam.
Perante armas tão desiguais ninguém duvida que o papel das forças de segurança tem a ingratidão que a impotência, a falta de meios capazes lhes dá. Além de que ninguém lhes agradece que sejam heróis, que a confusão processual em que se metem por usar meios mais violentos é motivo suficiente para eles evitarem conflitos.
Neste contexto a justiça, pela sua formulação e pela prática, no seu papel de dirimir os conflitos sociais, tem, nestes tempos, colocado as duas partes, por natureza tão diferentes, em igualdade de circunstâncias. A própria opinião pública, por reacção a atitudes menos pensadas de alguns agentes da autoridade em situações que não justificariam o uso de violência, não se mostra favorável à utilização de meios mais radicais de imobilização dos criminosos.
O meio de luta mais consensual é a prevenção mas para este tipo de violência nada podemos fazer. Os seus agentes não são de cá, usam os meios mais evoluídos, tem a seu favor o tempo, o segredo, a organização.
A situação das coisas tem de ser alterada. O que podemos fazer é clamarmos por um reforço dos meios dos agentes locais de autoridade o que passa também por os ver inseridos num sistema centralizado de rápido acesso a meios informáticos, de pessoal e material.
Esta é uma das razões porque é vantajoso que em Ponte de Lima houvesse uma só força de polícia, chamem-lhe o nome que quiserem, mas a dispersão de meios por duas linhas de comando e a prevalência nos concelhos limítrofes de uma outra força diferente e cá minoritária, não favorece a articulação e a maleabilidade dos meios existentes.
Vai-se caminhar para a uniformização, não há dúvida, mas enquanto se lá não chega temos de continuar a solicitar o reforço dos meios, perfeitamente desajustados mesmo que não houvesse desperdício.
É necessário darmos aos agentes que se empenham em evitar o desrespeito pela lei, pela propriedade particular e pelos bens de domínio público, em defender o sossego e bem-estar da população, a solidariedade nos momentos difíceis em que os insatisfeitos manifestam alguma incompreensão.
O trabalho de polícia, exercido com dignidade e aprumo, é dos mais gratos para quem o exerce e não devemos estar alheios à sua importância. A farda que se veste é irrelevante na sua cor ou corte, qualquer uma deve ser vista no sentido de um símbolo que é necessário respeitar e dignificar.